Quinta jornada do Roteiro para a Inclusão

Banco Alimentar em Braga e Obra Diocesana de Promoção Social entre os locais a visitar por Cavaco Silva No dia em que se completam três anos sobre o início do mandato do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva realiza mais uma jornada do Roteiro para a Inclusão, a quinta, dedicada ao “Desemprego e Novos Riscos de Pobreza”, que terá lugar nos concelhos de Barcelos, Braga e Porto. Segundo comunicado da presidência da República, “a grave crise económica e financeira por que passamos aumentou os riscos de pobreza e de exclusão social”. “O desemprego de milhares de Portugueses e o endividamento excessivo das famílias está a lançar na pobreza muitos que, até há bem pouco tempo, não imaginariam poder passar por estas privações. Multiplicam-se as situações de carência alimentar, de incumprimento de obrigações pessoais, de suspensão da frequência de creches e escolas”, pode ler-se. A visita aos concelhos de Barcelos, Braga e Porto começou com um encontro entre Cavaco Silva e uma delegação de trabalhadores e dirigentes sindicais com maior representatividade na Região do Vale do Cávado, onde se localizam algumas das empresas industriais com maiores dificuldades. O Presidente da República defendeu a necessidade de “um diálogo mais aberto e franco entre empresários e trabalhadores, para evitar o encerramento de empresas”. Ao final da manhã é ainda realizada uma visita às instalações do Banco Alimentar Contra a Fome de Braga. Criado no ano passado, este Banco Alimentar tem vindo a fazer crescer o seu auxílio às instituições de solidariedade da região e às famílias mais carenciadas, através de equipas de voluntários que, utilizando as redes de vizinhança, prestam um serviço de apoio alimentar. O Roteiro para a Inclusão resulta de um “compromisso cívico” proposto aos Portugueses pelo Presidente da República, em 25 de Abril de 2006, visando a redução das inúmeras situações de carência e de exclusão social que de há muito teimam em condicionar a vida social portuguesa e a limitar o seu desenvolvimento no sentido de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais coesa. Porto A parte da tarde será dedicada a duas instituições com sede na cidade do Porto. A primeira será a Obra Diocesana de Promoção Social e a unidade que serve os Bairros da Pasteleira, especialmente as valências dedicadas às crianças. “É meritório o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na Diocese do Porto no âmbito do apoio social de emergência, com especial destaque para a acção desenvolvida pela Caritas local e pela Obra Diocesana de Apoio Social. Na cidade do Porto a intervenção articulada com a Câmara Municipal tem privilegiado a presença nos bairros onde as famílias sentem maiores dificuldades e especialmente junto da infância e dos idosos”, refere a Presidência da República. A segunda instituição a visitar será a AMI – Assistência Médica Internacional que de há muito alargou o âmbito da sua intervenção social através dos centros Porta Amiga, que hoje cobrem a maior parte do país. D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, alertava na sua mensagem de Quaresma 2009 para a tentação de “fechar ou despedir, com o pretexto da crise”. O prelado defende que na Quaresma deste ano deverá ser feito “o possível para criar postos de trabalho ou ajudar a mantê-los ,quando periguem”. A mensagem deixa uma palavra de estímulo aos “empresários e dadores de trabalho” que “resistem à tentação de fechar ou despedir, com o pretexto da crise” e “tudo fazem para que as suas empresas não encerrem, ou dispensem o menor número possível”. D. Manuel Clemente apela ainda “à consciência de quem não proceda deste modo, para que não lese a sociedade nem ofenda a Deus, condenando ao desemprego quem podia continuar a trabalhar”. Este responsável lembra que, com o resultado da renúncia quaresmal de 2008, foi criado o Fundo Social Diocesano, passando os 160 mil euros, “o que permitiu ajudar a Obra Diocesana de Promoção Social (mais apoio a famílias carenciadas), a Caritas Diocesana (acções de apoio a crianças em idade escolar) e Vida Norte (apoio à maternidade e à família)”.

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