Cidade do Vaticano, 03 abr 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma mensagem ao presidente dos bispos católicos do Quénia e manifestou “proximidade espiritual” e oração na sequência do ataque à Universidade Garissa.
“Em união com todos os homens de boa vontade em todo o mundo, Sua Santidade condena este ato de brutalidade sem sentido e reza por uma mudança de coração entre os seus agressores”, lê-se na mensagem enviada pela Secretaria de Estado do Vaticano.
Através da missiva ao cardeal John Njue, presidente dos Bispos católicos do Quénia, Francisco apela a “todos que têm autoridade” para multiplicarem os seus esforços para terminarem com este “tipo de violência”.
O Papa deseja que este trabalho seja realizado com “todos os homens e mulheres” do Quénia para que se acelere o “alvorecer de uma nova era de fraternidade, de justiça e de paz”.
Na mensagem, divulgada hoje pela Sala de Imprensa do Vaticano, pode ler-se ainda que Francisco está “profundamente triste” com a “imensa e trágica perda de vidas” causadas ataque ao University College Garissa, no nordeste do Quénia.
Do ataque da milícia islamista Al-Shabab morreram 147 pessoas e contam-se 79 feridos, segundo o Centro Nacional de Operações de Desastre do Quénia que revelou que foram ainda resgatados os 587 estudantes que estavam nas instalações da universidade nesta quinta-feira.
A agência Associated Press revelou, através do testemunho de pessoas que conseguiram fugir dos dormitórios, que os elementos do grupo islamita perguntavam quem era muçulmano e cristão.
A milícia Al-Shabab é responsável por vários ataques em Garissa e noutras cidades quenianas, onde se conta o cerco ao centro comercial Westgate, na capital do país, Nairobi, que fez 67 mortos e 175 feridos, em setembro de 2013.
CB