Francisco recebeu prelados africanos em Roma ainda com o atentado de Garissa na mente
Cidade do Vaticano, 16 abr 2015 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano os bispos do Quénia em visita “ad limina” a Roma, e exortou a Igreja Católica daquele país a trabalhar com as outras religiões na “promoção da paz e da justiça”.
Com a morte de cerca de 150 universitários cristãos ainda na memória, dia 2 de abril em Garissa, Francisco incentivou os prelados africanos a “serem sempre fiéis à sua missão enquanto instrumentos de reconciliação”, através do diálogo com os outros líderes religiosos e da busca da “fraternidade”, refere a sala de imprensa da Santa Sé.
Só deste modo será possível apontar para “uma denúncia coordenada e corajosa de toda a violência, especialmente aquela cometida em nome de Deus”, sustentou o Papa argentino.
Na sua mensagem, Francisco renovou a sua proximidade na oração “por todos quantos perderam a vida devido a atos de terrorismo ou a conflitos tribais no Quénia, bem como em outras áreas do continente africano”.
Referiu-se especialmente “aos homens e mulheres mortos na Universidade de Garissa”, fazendo votos de que “as suas almas descansem em paz, as suas famílias encontrem consolação no seu sofrimento e que os autores de tão grande brutalidade caiam em si e busquem misericórdia”.
A comitiva de bispos quenianos em Roma está a ser liderada pelo cardeal John Njeu, arcebispo de Nairobi, a capital do país.
JCP