“Jesus Cristo, quem é?”, livro da autoria de Arnaldo Pinho e publicado pela Universidade Católica Editora, foi o tema, dia 6 de Fevereiro, de um colóquio para catequistas e professores do Colégio de São Gonçalo de Amarante. Um texto breve, para uma “iniciação à Cristologia, bem acessível a todos” – referiu o Pe. Amaro Gonçalo, um dos promotores desta iniciativa. Seguindo um pouco o itinerário do próprio livro, o autor começou por dizer que os cristãos ignoram quase tudo sobre quem é Jesus Cristo. Para lá da mera devoção ou do sentimento fácil, tão em voga num tempo caracterizado por um “espírito débil” e “pelo crepúsculo do dever”, “falta-nos, de facto, uma fundamentação séria, sobre Jesus Cristo”. Ainda até há pouco – disse o conferencista – não havia nenhum livro sério, sobre Jesus Cristo, escrito em português, com uma adequada fundamentação histórica. A tradução do livro de Joachim Gnilka, “Jesus de Nazaré”, publicado pela Editorial Presença, viria a preencher esse vazio. Arnaldo Pinho, professor da UCP, disse também que era perfeitamente possível hoje conhecer-se, com rigor, “o Mundo de Jesus”, “os costumes do seu tempo, as profundas divisões dos vários grupos sociais e religiosos, com que Jesus se enfrenta, afronta e confronta”. E este conhecimento, disse, é básico para se perceber a novidade de Jesus Cristo e a “carga abissal” do seu Evangelho. A Páscoa de Jesus permitirá aos discípulos passar da história de Jesus à sua significação. É todo um trabalho de “reconhecimento”, de “passagem”, em que, olhando para trás, começam a descobrir e a “nomear” a pessoa de Jesus: Ele torna-se então, pelos olhos da fé, o Senhor, o Cristo (Messias), O Filho de Deus vivo. A Igreja faz esta memória e “encontra-lhe o sentido, reunindo-se, dominicalmente, na fé do Senhor Ressuscitado. A Páscoa torna-se, portanto, o centro da fé”.