Queda do comunismo e contributo dos católicos

Temas abordados pelo Papa, a bordo do avião, rumo a Praga

Crise económica, os 20 anos da queda dos regimes comunistas e o contributo dos católicos na sociedade foram alguns temas abordados pelo Papa, este Sábado, no avião que o levou até Praga.

Bento XVI começou por falar da República Checa como um ponto de encontro entre a cultura latina, a eslava e a germânica, bem como da passagem dos regimes comunistas para a liberdade.

“A República Checa sofreu com uma ditadura comunista particularmente rigorosa, mas também teve uma resistência de enorme nível, seja laica, seja católica”, indicou, citando a figura de Vaclav Havel e as suas reflexões sobre a liberdade.

Quanto ao contributo que a Igreja pode dar, o Papa sublinhou o campo do “diálogo intelectual entre agnósticos e crentes”, particularmente sensível no Leste da Europa, e defendeu que os católicos têm de ser ali uma minoria “criativa”.

Bento XVI fez ainda um balanço muito positivo do debate que se gerou em volta da sua encíclica Caritas in veritate, considerando que o grande desafio do momento é perceber que “a ética não é uma coisa exterior à economia”.

Por último, o Papa foi interrogado sobre a recuperação do seu punho direito, após a fractura sofrida durante as férias que passou nos Alpes italianos. Bento XVI disse que a sua mão está “em funções” e pode fazer o essencial, admitindo que lhe custou passar seis semanas sem poder escrever.

Neste contexto, adiantou que apesar dos atrasos verificados, a segunda parte do seu livro sobre Jesus deverá estar pronta na próxima Primavera.

À saída de Roma, Bento XVI encontrou-se brevemente com Sílvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, com quem trocou impressões sobre a actualidade internacional, em particular sobre o G20, indicou o Pe. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.

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