Reuniram-se em Coimbra, em 4 de Novembro, os consagrados dos Institutos Seculares sediados em Portugal, para aprofundarem os seus conhecimentos e responsabilidade, quanto à “Globalização e Importância dos Media na Actualidade”. O conferente, Padre Tony Neves, espiritano, com alegre e sábia comunicação, apresentou e documentou profusamente os presentes, acerca de tão vasta temática. Pudemos, assim, reflectir sobre algumas características do mundo de hoje, transformado em aldeia global, devido ao alcance dos media. Verificámos como isso tornou patente ao mundo as gritantes desigualdades existentes e fez surgir a consciência da acção de solidariedade e de justiça a empreender, para o desenvolvimento das regiões e povos mais pobres, nas diferentes áreas. Apercebemo-nos de que a chamada “Declaração do Milénio” assinada no início do novo Milénio pelos Chefes de Estado de todo o Mundo, em que se estabeleciam metas importantes de libertação de “condições abjectas e desumanas da pobreza extrema”, a cumprir até 2015, no caso de muitos países pouco se avançou, e noutros até se tem andado para trás. Fomos desafiados a não cruzar os braços perante uma realidade que, por ser de tão grande vastidão, pode parecer que não é connosco. Cada um deve colaborar à sua medida, nos aspectos sociais, culturais, económicos e espirituais. A distância dos pobres gera não – percepção dos seus problemas. A paixão por Deus implica uma paixão pelos homens. Temos de humanizar a cidade, mas com Cristo. A única parábola a que Ele deu um nome foi a do pobre Lázaro. Também, quanto aos media reflectimos, dialogámos, partilhámos e concluímos quanto são muitíssimo benéficos em muitos aspectos, pois possibilitam o intercâmbio de relações e culturas. Fazem crescer a abertura ao mundo, a comunhão entre os povos e a possibilidade de informação. Facilitam as pesquisas científicas, etc. Mas também reflectimos sobre os males que provêm do mau uso dos media e da falta de discernimento quanto ao que os diferentes programas veiculam . Sobretudo, partimos com o desafio a crescer nesta formação, a tornarmo-nos críticos e livres, para servirmos a dignidade humana com intervenção oportuna e propondo os valores em que acreditamos. Enquanto seguíamos, cada um para a terra da sua missão pessoal, os responsáveis dos Institutos Seculares ficaram reunidos em assembleia electiva, o que terá incluído a revisão do triénio anterior e a perspectivação do próximo triénio. À Direcção cessante e à que agora assume a Direcção da FNIS, endereçamos a nossa saudação e gratidão. Pela equipa de Comunicação, Josefa Alves