Quaresma: Papa convida a viver esperança com «ousadia» e com novos caminhos – Paulo Ramos (c/vídeo)

Membro da Comunidade da Capela do Hospital de Santa Marta aborda projeto «Um azulejo fora do sítio»

 

Lisboa, 06 mar 2025 (Ecclesia) – Paulo Ramos, da Comunidade da Capela do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, considera que a mensagem da Quaresma do Papa Francisco tem “uma série de intuições” que “são uma espécie de símbolo” do seu pontificado.

“Uma mensagem que vai ao encontro de uma série de intuições onde a ideia de caminhada e a ideia do percurso que está inclusivamente presente e subjacente ao lema do jubileu, ‘Peregrinos na Esperança’, mas um percurso que é essencialmente feito com ousadia, em primeiro lugar”, disse Paulo Ramos à Agência ECCLESIA.

Esta ousadia “de prescindir, de optar por atravessar os campos e prescindir e colocar de lado caminhos já trilhados, é uma das grandes marcas do pontificado do Papa Francisco”, apontou.

Uma caminhada que “é feita em conjunto” e esse caminhar juntos é “uma manifestação do facto de sermos tecelões da unidade”, realçou aquele elemento da referida comunidade.

Esta ideia de tecer unidade, caminhando em conjunto, “é extraordinariamente importante nesta Mensagem da Quaresma”.

Um caminho com pessoas diferentes e com características específicas, que representa “o grande desafio”, acrescenta o entrevistado.

O Papa Francisco recorda a importância de uma atenção “constante a quem caminha ao lado, independentemente das suas circunstâncias, das suas feridas e daquilo que ali o trouxe”, sublinha Paulo Ramos

Aquilo que melhor define uma comunidade é a sua capacidade de abertura e não propriamente a sua identificação ou a necessidade de pertença”.

A comunidade da Capela do Hospital de Santa Marta tem em curso o projetoUm azulejo fora do sítio’, que se apresenta como um itinerário de reflexão.

Para Paulo Ramos, a vida do cristão é “sempre pela inquietude e pela interrogação e por este caminho que é feito de percurso e não propriamente de grandes certezas”.

“Somos cada um de nós e nas suas próprias feridas, um azulejo fora do sítio”, prossegue, em entrevista ao Programa ECCLESIA transmitida esta quarta-feira, na RTP2.

O projeto procura dar expressão, “de uma forma ainda um pouco incipiente”, mas “que vai, a pouco e pouco, tentando conjugar as necessidades de quem nos busca e de quem nos procura”.

HM/LFS/OC

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