Quaresma: Diocese do Porto vai apoiar dois seminários em África e «muitas solicitações de todas as partes do mundo»

«O repartir o pão, e o repartir os bens com quem tem menos do que nós torna-se uma exigência que a Igreja coloca à nossa responsabilidade» – D. Manuel Linda

Porto, 05 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo do Porto informou que a renúncia quaresmal destina-se a apoiar a diocese nas “muitas solicitações que costumam chegar de todas as partes do mundo” e “dois seminários africanos”, e conta “com a generosidade de todos”.

“Desejo boa Quaresma, seja um tempo jubilar, porque também nós sabemos criar esperança, e a esperança também pode ser traduzida na nossa dádiva para que outros tenham mais”, disse D. Manuel Linda, na mensagem para a Quaresma 2025 enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A Quaresma, que começa hoje, Quarta-feira de Cinzas, é um período de 40 dias (a contagem exclui os domingos) marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (em 2025, no dia 20 de abril).

O bispo do Porto, na mensagem divulgada esta quarta-feira, explica que “50%” da renúncia quaresmal vão ficar “temporariamente na diocese” para irem distribuindo, ao longo deste ano, “pelas muitas solicitações que costumam chegar de todas as partes do mundo”.

“São situações quase sempre urgentes e que nós, de acordo com as possibilidades, procuramos também ajudar e a colmatar”, explicou.

Os outros 50%, indicou D. Manuel Linda, vão ser distribuídos por dois seminários de “dois países africanos” que têm “uma história muito comum” com a Diocese do Porto.

“25% para o Seminário de Maputo, que sei que precisa muito de ajuda económica, pois situa-se num país pobre e numa Igreja pobre. E os outros 25% para o seminário que a Diocese de Viana, em Angola, está a construir: o Seminário Filosófico, que vai acolher alunos de cinco dioceses das proximidades”, desenvolveu.

Durante o tempo litúrgico da Quaresma, a renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

“A Quaresma deve ser vivida no domínio de nós mesmos e da nossa ânsia de possuir e de ter e de dominar, mas também na solidariedade para como os outros”, assinalou D. Manuel Linda, na mensagem para o novo tempo litúrgico da Igreja Católica.

O bispo do Porto destaca que repartir o pão, e o repartir os bens com quem tem menos “torna-se uma exigência que a Igreja coloca à responsabilidade” dos fiéis.

CB/OC

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