Hospitais e cafés, paragem de autocarro, uma estação de comboio ou de metro, o mundo digital são lugares de «ação missionária»
Porto, 07 fev 2019 (Ecclesia) – A Diocese do Porto propõe uma “conversão espiritual, pastoral e missionária”, com o profeta Jonas como “figura paradigmática”, para a caminhada da Quaresma à Páscoa, 40 dias “de cais em cais, num caminho de saída e com saída”.
“Propomos que, em cada semana, frequentemos uma nova fronteira de missão, atraquemos em novo cais”, é o convite para a caminhada da Quaresma 2019, que começa na Quarta-feira de Cinzas, a 6 de março.
No programa intitulado ‘40 dias para chegar a bom porto: Cristo, porto da misericórdia e da paz’, a Diocese do Porto dá como exemplo vários lugares para desenvolver a ação missionária, como: “Uma escola, um café, um bar, um hospital, um centro de saúde, uma associação cultural, uma associação desportiva, um clube social, uma paragem de autocarro, uma estação de comboio ou de metro, uma casa de família, uma rede social, o mundo digital.”
Cada um dos lugares é de missão para “promover-se” uma ação missionária: “Anúncio, entrevista, conversa, testemunho, debate, tertúlia, visita, oração, partilha”.
A Diocese do Porto convida a “acolher os desafios com que a Palavra de Deus, dirigida a Jonas e por meio de Jonas” – “ícone profético e pascal” – levanta do sofá e provoca a sair à rua “em direção ao mundo que espera”, para vencerem “definitivamente a síndrome de Jonas, ou o complexo de Jonas”.
Nas primeiras cinco semanas, entre o 1.º Domingo da Quaresma até ao Domingo de Ramos, “seria interessante” promover a experiência do encontro com Cristo através da “leitura orante da Palavra de Deus, segundo o tradicional método da Lectio Divina” – leitura, meditação, oração e ação, “tudo e sempre em chave missionária”.
O documento sugere também que se valorize, “em âmbito paroquial, interparoquial ou vicarial”, a iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, a 29 e 30 de março, sexta-feira e sábado; a participação “mais intensa e frutuosa” na liturgia quaresmal e nas celebrações penitenciais; a valorização do “ato penitencial” na celebração da Eucaristia, e que se “eduque a assembleia eucarística para a ligação entre Missa e Missão”.
É sugerido também que se “fomentem” os exercícios de piedade que “melhor correspondem” ao tempo da Quaresma, como a Via-sacra, a Procissão do Senhor dos Passos, e na Semana Santa e Tríduo Pascal, que não sobreponham “iniciativas pastorais”.
Como imagem deste itinerário, a Diocese do Porto escolheu o “leme do navio” e as comunidades são mobilizadas a “re)construir”, de forma aberta, a partir da imagem da rosácea do logótipo diocesano para o quinquénio 2015-2020.
Ao longo deste tempo, o Secretariado Diocesano da Liturgia do Porto vai “oferecer algumas propostas” em sintonia com “o espírito do caminho para a Páscoa”, no Semanário ‘Voz Portucalense’ da diocese.
CB