Quaresma: Diocese do Funchal vai ajudar população de Madagáscar

Bispo destina renúncia quaresmal para Mananjary, cujo responsável diocesano é o missionário madeirense D. Alfredo Caires

 

Funchal, Madeira, 28 fev 2022 (Ecclesia) – O bispo do Funchal anunciou que a renúncia quaresmal das comunidades católicas da diocese vai ajudar este ano a população de Madagáscar, atingida nos últimos meses por “um conjunto devastador de ciclones”.

“Nesta ilha africana, é madeirense o bispo da Diocese de Mananjary: é o senhor D. Alfredo Caires, natural do Caniço. Como resultado da destruição dos recentes ciclones, a própria Catedral ficou destruída. Este nosso conterrâneo pede-nos que ajudemos a sua diocese, tão necessitada. É isso que iremos fazer na renúncia desta Quaresma”, escreve D. Nuno Brás, na mensagem para a Quaresma 2022, tempo de preparação para a Páscoa que começa na próxima quarta-feira, com a celebração das Cinzas.

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

D. Nuno Brás destaca a “grande destruição” que afetou a ilha de Madagáscar, adiantando que os donativos serão recolhidos em todas as paróquias e outras comunidades no Domingo de Ramos (10 de abril).

Em 2021, a renúncia em favor dos cristãos de Pemba, em Moçambique, foi de 26 476,08 euros, tendo sido enviada àquela diocese a quantia de 30 mil euros, através da Cáritas portuguesa.

A mensagem, intitulada ‘Um povo que caminha em conjunto para a Páscoa’, evoca o centenário da morte do Beato Carlos de Áustria (1887-1922), a 1 de abril, sublinhando que, “por fidelidade às virtudes cristãs, sofreu o exílio e morreu pobre”, na Madeira.

O imperador Carlos de Habsburgo, beatificado pelo Papa João Paulo II em outubro de 2004, encontra-se sepultado na igreja do Monte, Funchal.

“Para nos ajudar nesta celebração, que se irá prolongar até ao dia 21 de outubro, o Papa Francisco ofereceu-nos uma particular possibilidade de viver a indulgência: concedeu que aqueles que visitarem em espírito de peregrinação a igreja do Monte, confessando-se, comungando e rezando pelas intenções do Santo Padre, se possam sentir especialmente ajudados pela Igreja e pelo amor abundante de Deus na reparação dos males que os seus pecados causaram”, refere D. Nuno Brás.

O responsável católico pede ainda que todos rezem pela paz, “tão ameaçada nestes dias”, respondendo ao apelo do Papa Francisco.

Na última quinta-feira, a Sé do Funchal acolheu uma oração ecuménica, pelo fim da guerra, com elementos da comunidade ucraniana na Madeira.

OC

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Agência ECCLESIA

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