Quaresma: Diocese de Viana do Castelo vai ajudar vítimas da guerra na Ucrânia

D. João Lavrador fala em necessidade de renovação e «promoção de relações fraternas»

Viana do Castelo, 21 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo anunciou, na sua mensagem para a Quaresma 2023, que as comunidades católicas locais vão ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia, com os donativos recolhidos neste tempo litúrgico.

“A partir da renúncia, jejum, ascese e partilha a que somos convidados, ouvido o Conselho Episcopal diocesano e dando seguimento ao pedido e ao contributo da nossa diocese no tempo de Natal, o fruto desta renúncia quaresmal deste ano será destinado, em partes iguais, à Igreja da Ucrânia e ao Secretariado diocesano da Mobilidade que acolhe e socorre os imigrantes que dele se abeiram em busca de ajuda”, escreve D. João Lavrador, no documento enviado à Agência ECCLESIA.

A Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa no calendário católico, começa este ano a 22 de fevereiro, com a celebração das Cinzas.

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

“A Boa Nova do Evangelho alenta-nos para a vivermos e irradiarmos num mundo tão dilacerado pela discórdia e pela guerra”, refere D. João Lavrador.

O bispo de Viana do Castelo fala da Quaresma como “tempo favorável para a renovação pessoal, de cada comunidade cristã e da sociedade no seu todo”, desafiando a uma “participação mais ativa na promoção de relações fraternas e a servir a pessoa e a sociedade”.

A reflexão evoca as práticas da “da ascese, do jejum e da mortificação” que acompanham, tradicionalmente, a preparação para a Páscoa.

Estes exercícios não são um fim em si mesmos e não devem ser encarados tão só como uma busca de bem-estar físico ou mental. São meios que, fortalecendo a vontade, nos encaminham na direção dos bens futuros pelos quais obtemos a redenção, a salvação e a Vida na sua plenitude. Fazem-nos sair do egoísmo e das amarras das seduções para vivermos no amor a Deus e aos nossos irmãos”.

D. João Lavrador pede atenção particular às celebrações litúrgicas, à oração e à leitura da Bíblia, neste tempo quaresmal, com espaços de silêncio e experiências de reflexão.

“Haja uma autêntica evangelização no que toca ao Sacramento da Reconciliação. Exorto os sacerdotes a que dediquem o melhor do seu tempo para atender os fiéis que procuram uma palavra amiga e os que desejam encontrar-se com as fontes da misericórdia e da ternura de Jesus Cristo através deste sacramento”, acrescenta.

A mensagem deixa uma palavra particular às famílias e também aos jovens, apontando à JMJ que Lisboa vai receber, de 1 a 6 de agosto.

“Interpelo com as mesmas palavras que o Santo Padre lhes dirige em ordem a renovarem-se para renovar a Igreja e o mundo de hoje: ‘levantai-vos apressadamente, a exemplo de Maria, e ide ao encontro dos irmãos para lhes levardes o Evangelho da Esperança’”, conclui D. João Lavrador.

OC

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Agência ECCLESIA

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