D. Antonino Dias realça uma ação da Igreja que «continua a revestir-se de grande urgência» no mundo
Portalegre, 04 mar 2019 (Ecclesia) – A Diocese de Portalegre-Castelo Branco vai destinar 75 por cento da sua renúncia quaresmal para o apoio às Missões ‘ad gentes’, no âmbito do ano missionário que a Igreja Católica em Portugal está a promover.
Na sua mensagem para o tempo quaresmal deste ano, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, realça que das “muitas expressões” que podem ser utilizadas para abraçar este sentido missionário, “a partilha é uma delas”.
Aquele responsável recorda que hoje, no meio de tantos povos que ainda passam dificuldades no mundo, “a missão ad gentes continua a revestir-se de grande urgência” e que nesse sentido “as comunidades cristãs devem promover um fervor apostólico contagioso e rico de entusiasmo, capaz de suscitar fascínio pela missão”.
A outra parte da renúncia quaresmal na Diocese de Portalegre-Castelo Branco será destinada para apoiar o Fundo Social Diocesano, gerido pela Cáritas da região, e que se destina a suprir as necessidades das populações mais carenciadas do território.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco recorda que a Quaresma é um tempo de “conversão” mas também de “partilha”, e nesse sentido pede para que “as intenções não fiquem no abstrato” e que as comunidades digam presente a este tempo privilegiado de solidariedade.
“Existem hoje, de facto, patologias que provocam o progressivo arrefecimento da nossa relação com a vida, com os outros e com Deus”, reconhece D. Antonino Dias, que desafia as pessoas a não seguirem essas tendências sociais que hoje podem ser tão “desumanizadoras”.
“Quem se preenche de Deus não deixa no seu coração espaço para o pecado. A Quaresma é este caminho oferecido à Igreja para poder participar com alegria genuína na Páscoa, Festa da Ressurreição de Jesus e afirmação do poder da vida sobre todas as mortes”, completa o responsável católico.
No último ano, a Diocese de Portalegre-Castelo Branco recolheu com a renúncia quaresmal 39.568,51 euros (trinta e nove mil quinhentos e sessenta e oito euros e cinquenta e um cêntimos).
Dessa verba, 25 por cento foi destinada ao Fundo Social Diocesano, e 75 por cento para ajudar à construção de um centro de acolhimento e saúde na Arquidiocese de Kananga, na República Democrática do Congo, para crianças e jovens órfãos de guerra, ou que foram roubados às suas famílias para serem usados como soldados.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que tem início com a celebração de Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano dia 21 de abril.
JCP