Quaresma: Diocese de Aveiro vai ser peregrina com os símbolos da JMJ, «a caminho da Páscoa»

D. António Monteiro apresenta desafios que esta caminhada convida a fazer, como a «renúncia quaresmal

Aveiro, 16 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro publicou a sua mensagem para a Quaresma 2023, ano marcado pela peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na diocese, que começa no dia 3 de março.

“Que a presença dos símbolos na nossa diocese sejam interpelativos e nos ajudem a preparar melhor o nosso caminho rumo à Páscoa. O Ressuscitado passou pela Cruz. A comunidade de homens novos, que nasce da Cruz e da ressurreição de Jesus, a Igreja, continuará a missão do Senhor”, escreve D. António Moiteiro, na mensagem publicada online.

A Diocese de Aveiro vai receber os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a Cruz e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ –, que estão a peregrinar na Arquidiocese de Braga, no dia 3 de março.

O bispo de Aveiro lembra que a Cruz é, no Evangelho, “o símbolo maior da entrega de Jesus por nós e a contemplação do rosto de Deus”, e que o ícone de Nossa Senhora “não passa despercebido”, “a Mãe de Deus que junto da cruz aceita a maternidade de toda a humanidade”.

Na mensagem ‘Peregrinos a caminho da Páscoa’, D. António Moiteiro incentiva que o caminho de conversão quaresmal, assumido por cada um diante de Deus, “seja um desafio a alargar os horizontes da atenção e preocupação pela totalidade da família humana”, a estar presente e a participar “ativamente na vida da comunidade paroquial e diocesana”.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início com a celebração de Cinzas (22 de fevereiro, em 2023), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 9 de abril).

“Os cristãos são convidados a renunciarem ao supérfluo e a parte do que têm, em favor de outras causas e comunidades mais pobres. O jejum, a oração e a esmola continuam a ser-nos apresentadas como meio de ascese espiritual”, assinala D. António Moiteiro.

A Renúncia Quaresmal este ano vai ser dividida em partes iguais para o Fundo de Socorro Social da Diocese de Aveiro, “para mitigar as despesas em aumento nos agregados mais pobres, fruto da inflação e de uma desigualdade económica crescente”, e para o Sudão do Sul, “um dos países mais pobres do mundo”.

“É bem significativo o gesto de uma criança que, na recente viagem do Papa Francisco a este país, deu ao Papa uma nota de 0,007 de dólar – sinal de que os pobres do pouco que têm experimentam a alegria de repartir”, destacou o bispo diocesano.

D. António Moiteiro apresenta mais três “desafios” que a caminhada quaresmal, que são convidados a fazer, “coloca a cada um”, às comunidades paroquiais e a toda a diocese.

As catequeses “caminhem ao ritmo da sua caminhada quaresmal”; os jovens devem empenhar-se na JMJ Lisboa 2023 e “chamem outros jovens a participar”; enquanto às famílias “pede-se que assumam a sua missão como um verdadeiro testemunho crente e evangelizador no meio das gerações jovens”.

Neste contexto, o bispo de Aveiro incentiva também as famílias a acolherem jovens peregrinos nos ‘Dias nas Dioceses’, de 26 a 31 de julho, na semana anterior à edição internacional da Jornada Mundial da Juventude na capital portuguesa.

“Para que fiquem a conhecer a região que os acolhe, a Igreja local e as suas especificidades”, explica D. António Moiteiro, na mensagem para a Quaresma.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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