Quaresma: Diocese da Guarda vai ajudar comunidades cristãs do Iraque e da Síria

D. Manuel Felício afirma que é necessário criar condições para que os refugiados «voltem a ter condições de vida nas suas terras»

Guarda, 22 fev 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirma na mensagem para a Quaresma de 2017 que é necessário “encontrar formas de acolher” os refugiados e tentar que “voltem a ter condições de vida nas suas terras”.

“No meio dos muitos dramas que afetam aqueles que fogem há o drama específico das comunidades cristãs do Iraque e da Síria que, sendo lugares com comunidades cristãs que remontam ao tempo dos apóstolos, agora estão em risco de desaparecer”, exemplifica D. Manuel Felício.

Na mensagem para a Quaresma 2017, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano informa que perante o drama das comunidades cristãs do Iraque e Síria, a renúncia quaresmal da Guarda este ano é destinado a essas comunidades através da Fundação Ajuda à Igreja que sofre.

No documento intitulado ‘A Quaresma: Tempo de conversão a Deus e ao outro’, é contabilizado, como exemplo, que havia 1 milhão de cristãos no Iraque, em 2003, e agora “não chegam a 250 mil, muitos deles deslocados das suas terras e das suas casas”.

“Nos lugares onde se implantou o chamado Estado Islâmico, consta que os jihadistas davam três saídas possíveis aos cristãos que ali viviam: Deixarem o cristianismo e converterem-se ao Islão radical, pagarem uma quantia mensal em dinheiro ou irem embora”, recorda.

D. Manuel Felício assinala também que a Quaresma 2017 “precede imediatamente” a celebração do Centenário das Aparições de Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, com a presença do Papa Francisco.

“A mensagem de Nossa Senhora aos três pastorinhos é uma bênção para a Igreja e para o mundo”, escreve, a partir da carta pastoral da Conferência Episcopal sobre o centenário, destacando o convite à conversão para que “a guerra pudesse acabar e a paz regressasse à vida das pessoas e das famílias”.

O bispo da Guarda explica ainda que o novo tempo litúrgico, que este ano começa a 1 de março, com o seu número simbólico de 40 dias, é um “convite de conversão a Deus”, não só para cada um recusar o pecado, mas também para “fortalecer a amizade com Ele”.

“Quanto mais abrimos o coração a Deus mais sentimos necessidade de ir ao encontro dos irmãos, sobretudo dos mais fragilizados”, frisa D. Manuel Felício na mensagem ‘Tempo de conversão a Deus e ao outro’, onde pede às comunidades que dinamizem “momentos fortes de encontro com a Palavra de Deus”.

A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas, é um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

CB/PR

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