Diocese vai ajudar «Fazenda da Esperança» e Cáritas de Moçambique

Guarda, 04 mar 2025 (Ecclesia) – O administrador apostólico da Diocese da Guarda propõe às comunidades locais que a Quaresma deste ano seja marcada pelo Jubileu e a sinodalidade.
“Precisamos de treinar a capacidade e o próprio hábito de nos escutarmos uns aos outros, com amor e muita paciência. No nosso exame de consciência, com regularidade, que queremos aperfeiçoar, ao longo desta Quaresma, é bom que nos perguntemos o que falta a nós, sacerdotes, diáconos, leigos e leigas, responsáveis por movimentos e serviços diocesanos para, em trabalho conjunto, fazermos crescer o Reino de Deus no meio de nós e no mundo”, escreve D. Manuel Felício, num texto enviado à Agência ECCLESIA.
A Quaresma, que começa esta quarta-feira com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias (a contagem exclui os domingos) marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (em 2025, no dia 20 de abril).
Para D. Manuel Felício, este ano vai viver-se “uma Quaresma especial, pelo facto de vir enriquecida pela graça do Jubileu”, sublinhando o apelo do Papa a caminhar “juntos na esperança”.
O apelo proveniente da nossa identidade de filhos de Deus e da Igreja é para juntos fazermos caminhada sinodal, como nos pede o documento final do Sínodo sobre a sinodalidade”.
Durante este tempo litúrgico específico, a renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
O administrador apostólico anuncia que as comunidades católicas vão ajudar, este ano, a “Fazenda da Esperança”, sediada na Diocese da Guarda, concelho de Celorico da Beira, paróquia de Maçal do Chão, a “construir uma padaria, com vista à sua sustentabilidade”.
Neste momento, a instituição acolhe seis utentes e aguarda a chegada de um novo sacerdote para integrar a equipa diretiva local.
A renúncia quaresmal vai ainda “contribuir para a diminuição do sofrimento das populações do norte de Moçambique que, desde há anos a esta parte, continuam a ser expulsas das suas casas e das suas terras”.
“Procuraremos fazer-lhes chegar a nossa ajuda, resultante da renúncia quaresmal, através da Cáritas Nacional Portuguesa, em colaboração com a Cáritas Moçambicana”, escreve D. Manuel Felício.
OC
Igreja/Sociedade: Fazenda da Esperança quer «oferecer uma nova vida» aos seus utentes (c/fotos)