Quaresma: Bragança-Miranda destina renúncia à Ucrânia e à Casa Pastoral na diocese

Administrador diocesano, monsenhor Adelino Fernando Paes, lembra «tempo de sementeira» que vai acolher «novo pastor»

Bragança, 02 mar 2022 (Ecclesia) – A Diocese de Bragança-Miranda vai destinar o valor da renúncia quaresmal de 2022, “em partes iguais”, à Cáritas da Ucrânia e à Casa pastoral da situada no Seminário de S. José, em Bragança.

“Numa hora em que o mundo centra a sua atenção no conflito entre a Ucrânia e a Rússia, somos convidados a uma incansável oração de intercessão pela paz. Uma guerra é sempre a soma dos nossos conflitos. Por isso, não nos cansemos de permanecer na paz com aqueles que estão ao nosso lado e de rezar pela paz mundial. Fazendo o bem, semeamos a Paz; acorrendo às necessidades, semeamos a Paz e construímos a solidariedade”, pode ler-se na mensagem para a Quaresma, escrita pelo administrador diocesano, monsenhor Adelino Fernando Paes, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A nova valência vai ser destinada a Casa sacerdotal e também de um espaço para a “formação permanente do clero e dos leigos” e será instalada no Seminário diocesano de São José, em Bragança, tendo a primeira fase sido orçamentada em “677.480,33€”, indica.

O administrador da diocese evoca o tempo de sementeira que a diocese vive, uma vez que se prepara para “acolher um pastor”, depois de D. José Cordeiro ter sido nomeado arcebispo de Braga.

“Evocando a imagem agrícola que Jesus muito preza, como que nos encontramos em processo de preparação da terra, para a sementeira. Neste recanto transmontano, em que predomina a atividade agrícola, a gente que tira da terra o sustento «com o suor do rosto», sabe bem o que significa a sementeira e a colheita; sabe que muito depende de si; mas sabe, também, que uma grande parte do êxito da safra acontece no silêncio, na paciente espera, nas condições propícias e sobretudo na graça do Senhor”, pode ler-se na mensagem.

Foto: Bruno Luís Rodrigues/Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais

Apelando à “vivência quaresmal”, o monsenhor Adelino Fernando Paes apela à leitura da mensagem que o Papa Francisco escreveu e pede a todos que não cessem de fazer o bem, sendo “cooperadores de Deus na sementeira”.

“Não nos cansemos de fazer o bem através de uma operosa caridade. A colheita do que agora semeamos situa-se muito para lá do tempo: “que será o nosso «tesouro no céu» e, desde já, nos impele a um compromisso de transformar o mundo, a partir de nós próprios”, convida, recordando palavras do Papa Francisco.

“Neste tempo de conversão, «o jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o»”, finaliza.

LS

 

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