«Por muito que nos tenhamos afastado d’Ele, há sempre um pai de braços abertos para nos acolher», frisa D. Virgílio Antunes
Coimbra, 11 fev 2016 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra sublinhou na celebração de Quarta-feira de Cinzas a importância da Quaresma para a compreensão do mistério de um Deus que “perdoa e ama” incondicionalmente a humanidade.
Na homilia da celebração, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Virgílio Antunes lembrou que este tempo litúrgico tem sempre na sua génese um convite à “experiência pessoal de encontro” interior e “com Deus”.
“Nessa altura compreendemos que mesmo quando os homens não são capazes de nos perdoar, Deus perdoa; quando os outros desistem de nos amar, Ele continua a amar-nos; quando já ninguém nos acompanha nos sofrimentos, Deus continua cheio de compaixão por nós, sofre connosco”, apontou o prelado.
Durante a sua reflexão, o bispo de Coimbra destacou também a Quaresma como um “apelo à conversão”, uma oportunidade para cada pessoa lidar com os seus “pecados” para ressurgir renovada na sua esperança e na sua fé.
“A conversão é a atitude de quem deixa de olhar para si mesmo, para os outros ou para as realidades deste mundo como fontes de vida e levanta os olhos para ver o rosto de Deus, em quem está a vida e a salvação”, referiu o responsável católico, que desafiou ainda as pessoas a reconhecerem com “coragem” as suas faltas e a pedirem “perdão”.
“Por maior que seja o sentimento de culpa, por muito que nos atormente a ausência da graça que perdemos. Por muito que nos tenhamos afastado d’Ele, há sempre um pai de braços abertos para nos acolher e perdoar”, assegurou.
A Quaresma, que teve início com a celebração desta Quarta-feira de Cinzas, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
JCP