Quaresma: Bispo de Vila Real destaca urgência de redescobrir a «novidade da esperança cristã», numa «era de desconfiança»

D. António Augusto Azevedo informa que ofertas da renúncia quaresmal têm como destino a Cáritas Diocesana, para apoio a projetos de auxílio a reclusos e a famílias mais carenciadas

Foto: António Carvalho

Vila Real, 05 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real escreveu, na mensagem para a Quaresma 2025, que “no caminho quaresmal deste ano é necessária, sobretudo, uma séria conversão à esperança”.

“Num contexto de dúvidas e receios, não podemos ceder ao pessimismo ou resignarmo-nos ao desânimo ou fatalismo. Numa era de desconfiança em que a sociedade se aglutina mais facilmente em torno da indignação do que da esperança, urge redescobrir a novidade da esperança cristã”, afirmou D. António Augusto Azevedo, no texto enviado esta terça-feira à Agência ECCLESIA.

A Quaresma, que começa esta quarta-feira com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias (a contagem exclui os domingos) marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (em 2025, no dia 20 de abril).

Segundo o bispo diocesano, esta Quaresma representa uma grande oportunidade na realização do lema do triénio da diocese que é «Caminhar juntos, renovar a esperança», convidando diocesanos a deixarem inspirar-se pela mensagem do Papa Francisco.

D. António Augusto Azevedo realça que este tempo litúrgico faz meditar na experiência feita pelo Povo de Deus ao longo dos 40 anos de travessia do deserto, assinalando que “a dureza do caminho foi confortada pela confiança em Deus e pelo sonho da terra da promessa”.

“Iniciemos este caminho quaresmal reavivando o nosso sonho de um mundo mais livre e pacífico, acordando de alguma letargia e distração para a urgência de um compromisso sério na busca de um mundo mais justo e solidário”, desafiou.

A mensagem salienta que “o caminho quaresmal é caminho de conversão e implica a tomada de consciência do pecado”.

“Ela leva-nos a assumirmos, como pessoas e como sociedade, todas as ações e palavras contrárias à vontade de Deus e danosas à nossa vida e à dos nossos irmãos, à vida da sociedade e do planeta. Neste tempo redescubramos a beleza do Sacramento da Reconciliação, sacramento de perdão dos pecados, sacramento da cura e da paz interior”, pediu D. António Augusto Azevedo.

O bispo diocesano destaca que “a oração é um exercício fundamental para todo o cristão e deve ser intensificada na quaresma”, constituindo uma “grande escola de aprendizagem da esperança”.

Na mensagem com o título “Quaresma: Tempo para renovar a fé e caminhar na esperança”, o bispo de Vila Real convidou todos a “reforçar as orações pela paz no mundo e pela saúde” do Papa Francisco.

Recordando a importância e atualidade dos exercícios quaresmais do jejum e da esmola, D. António Augusto Azevedo informou que “as ofertas da renúncia quaresmal se destinam à Cáritas Diocesana, para apoio a projetos de auxílio a reclusos e a famílias mais carenciadas, algumas delas famílias imigrantes”, apelando à “generosidade e ao sentido de partilha de todos”.

Durante este tempo litúrgico específico, a renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

LJ/OC

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