Quaresma: Bispo de Viana do Castelo apela a atitude de «partilha generosa», alertando para «cultura das aparências»

D. João Lavrador destina renúncia quaresmal para a construção de um Centro Escolar na Guiné-Bissau e para as Carmelitas na diocese

Foto: Diocese de Viana

Viana do Castelo, 07 fev 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo alerta, na mensagem para a Quaresma 2024, para uma “cultura das aparências e da superficialidade”, deixando um apelo “ao essencial” na preparação para a Páscoa.

“Numa sociedade que seduz para a abundância e para a escravidão dos bens materiais, este tempo quaresmal reveste-se de uma oportunidade, a exemplo de Jesus Cristo no deserto, se afasta da tentação do prestígio, do possuir, do prazer desenfreado e do poder, para se centrar no essencial da vida de cada pessoa”, escreve D. João Lavrador, com um apelo ao “essencial na oração, jejum, abstinência e partilha”.

Na mensagem para a Quaresma 2024, enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viana do Castelo assinala que se “exige de cada cristão”, integrado numa comunidade de discípulos, que se reconheça na verdade do seu ser, “numa cultura das aparências e da superficialidade”.

D. João Lavrador salienta que neste tempo quaresmal são interpelados a olhar e deixarem-se “interpelar pela pobreza” que os rodeia e “abrir o coração para a partilha generosa”.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), de preparação para a Páscoa, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, com início na Quarta-feira de Cinzas (14 de fevereiro, este ano).

A Diocese de Viana do Castelo destina a sua renúncia quaresmal, em partes iguais, para duas iniciativas.

“A construção de um Centro Escolar em Cacheu, na Guiné-Bissau, e para as Irmãs Carmelitas do Mosteiro de Santa Teresinha do Menino Jesus, em Viana do Castelo, que se propõem melhorar as suas condições de habitação e não possuem recursos económicos”, explicou D. João Lavrador.

O responsável pela diocese católica do Alto Minho explica que a Quaresma é um tempo marcado pela “necessidade de conversão, metanoia”, o tempo da escuta da Palavra de Deus, e de “deixar envolver pelo abraço misericordioso de Jesus Cristo”, e um “tempo catecumenal”.

Foto: Diocese de Viana do Castelo

João Lavrador incentiva os sacerdotes, com os agentes pastorais, a organizarem “um verdadeiro itinerário de iniciação cristã”, assente no dinamismo da liturgia da Palavra de cada domingo, e desafia também os catequistas, os movimentos, as famílias e os jovens.

O Secretariado Diocesano da Evangelização e Catequese de Viana do Castelo elaborou a vivência quaresmal ‘Subida para a Páscoa 2024 – A Oração, o caminho do discípulo missionário’, com propostas para a família e para a comunidade paroquial.

“Vamos viver com entusiasmo, com profundidade e com criatividade este tempo de conversão e renovação pessoal e comunitária”, pede D. João Lavrador.

A Quaresma, acrescenta, é “tempo de reconciliação sacramental” e pede aos sacerdotes disponibilidade, “mesmo com sacrifício de outras atividades”, para atender as pessoas.

“Nunca tanto como hoje as pessoas manifestam a necessidade de alguém que as ouça, que as acolha e que lhes ofereça a graça do perdão”, salienta o bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, na mensagem para a Quaresma.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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