Quaresma: Bispo de Santarém incentiva à «prática da caridade» e «crescimento espiritual»

D. Manuel Pelino destina renúncia quaresmal para a Caritas Diocesana

Santarém, 12 fev 2016 (Ecclesia) – O bispo de Santarém na mensagem para a Quaresma convida a diocese a “experimentar e aprofundar a misericórdia de Deus” que transforma a vida de cada pessoa tornando-as “capazes de a praticar”.

“O fortalecimento da fé conduz à prática mais atenta da caridade, traduzida nas obras de misericórdia”, explica D. Manuel Pelino, revelando que vai destinar a renúncia quaresmal em “favor das obras de misericórdia através da Caritas Diocesana”.

Na mensagem publicada no sítio online da diocese escalabitana, o prelado destaca que na “luz de Deus” entende-se a vida como um “caminho para a plenitude e uma vocação para servir e dar frutos” que enriqueçam a nível pessoal, aos outros, à família, à Igreja e à sociedade.

Segundo o bispo de Santarém, no tempo da Quaresma, a Igreja oferece “meios privilegiados” para “evidenciar” o rosto misericordioso de Deus e para a conversão de cada um traduzir-se à misericórdia em “obras concretas e quotidianas”, como: “As leituras das missas; as liturgias penitenciais; o sacramento da Reconciliação; a dedicação de ‘24 horas para o Senhor’” [3 e 4 de março].

A Quaresma, que começou com a celebração de Cinzas, esta quarta-feira, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

O bispo de Santarém observa que este tempo litúrgico convida a “prestar mais atenção” à dimensão espiritual da vida humana que está “habitualmente sufocada pela dispersão” em que cada pessoa anda envolvida.

“De fato, vivemos tão absorvidos por realidades secundárias e tão encerrados em nós mesmos que nos esquecemos do que é mais importante e fundamental: O encontro com Deus que dá sentido, paz e harmonia à nossa vida e nos abre ao encontro com os outros e com a vida real”, desenvolve D. Manuel Pelino.

Para o prelado, o Evangelho de São Lucas pode ser um “caminho seguro” para crescerem na espiritualidade e revestirem-se de misericórdia, por isso, propõe “quatro âmbitos de espiritualidade bíblica”: “Leitura pessoal; leitura em família; leitura partilhada em grupo e nível comunitário.”

Neste âmbito, revela que na Diocese de Santarém vão publicar um guião diocesano para ajudar na leitura orante das parábolas da misericórdia do evangelho de São Lucas.

“Viver o Batismo implica penitência”, sublinha D. Manuel Pelino incentivando que a Quaresma seja um tempo de “graça e um caminho de conversão para chegar à renovação pascal”.

Na sua mensagem, o bispo de Santarém refere que o “dinamismo de renovação espiritual e humana” advém do Batismo que pede para “viver como filhos de Deus, à semelhança de Jesus”.

“É possível alcançar este ideal se reconhecermos os obstáculos e as dificuldades e recorrermos à graça de Deus para lutarmos e vencermos as tentações”, frisa D. Manuel Pelino, assinalando que, por isso, na Quaresma ouve-se “constantemente o apelo à conversão”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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