Renuncias dos fiéis vão servir para ajudar fundo social diocesano e as populações atingidas por cheias em Moçambique
Lamego, 13 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo de Lamego considera a época quaresmal que hoje se inicia essencial para transformar uma sociedade que obedece ao “refrão” do materialismo e onde o sacrifício em prol dos outros “está claramente fora de moda e resulta incompreensível”.
Numa mensagem pastoral dedicada ao tempo litúrgico que antecede a Páscoa 2013, D. António Couto salienta que a “verdadeira morte” que a Quaresma simboliza está na capacidade de acolher e testemunhar o “amor” de Deus, de reger a vida segundo “novas e impensáveis pautas de fraternidade”.
Para ajudar os fiéis a enveredarem por este caminho, o prelado lamecense deixa duas propostas: a abertura à “Palavra de Deus”, que “ajuda a perceber que tudo é dom de Deus”, e à vivência da “verdadeira renúncia” quaresmal “por e para os irmãos de perto e de longe”.
Os donativos deste ano das paróquias de Lamego vão ser repartidos pelo apoio ao “fundo social diocesano”, que tem contribuído “para aliviar as dores” das pessoas mais desfavorecidas da região, e pela ajuda às populações atingidas pelas cheias em Moçambique.
De acordo com D. António Couto, as verbas vão seguir “para as missões dos Padres Vicentinos espalhadas pelas zonas de Chókwe e Caniçado, no Vale do Rio Limpopo”, onde as intempéries “provocaram dezenas de mortos, mais de 100 mil desalojados e deixaram as populações pobres à mercê da fome e de doenças várias, como a cólera e a malária”.
O bispo de Lamego conclui a sua mensagem saudando “com a ternura de Jesus Cristo” todas as comunidades católicas da diocese, sobretudo “os doentes, carenciados, desempregados e famílias que atravessam dificuldades”.
A Quaresma é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa (celebrada este ano a 31 de março), a principal festa do calendário cristão.
JCP