Quaresma: Bispo de Coimbra destaca conversão como «a ação mais bela e feliz que Deus pode realizar» nos cristãos

D. Virgílio Antunes pede aos jovens para serem protagonistas da «realização da obra de Deus»

Coimbra, Coimbra, 15 fev 2024 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra disse, na celebração da Quarta-feira de Cinzas, na Sé Nova, que a obra de Deus se revela na conversão “ao Deus vivo e verdadeiro, na pessoa de Cristo”.

“E a conversão, nós sabemos que é a ação mais bela e mais feliz que Deus pode realizar em nós, porque tem a sua iniciativa, e é também a ação mais bela e mais feliz à qual nós podemos aceder e na qual podemos participar, e participar ativamente com a totalidade da nossa existência, da nossa mente, do nosso coração, estendendo-se, inclusivamente, ao nosso corpo, corpo pessoal, corpo eclesial, corpo familiar, porque tem de ter consequências, exatamente, na vida pessoal e na vida comunitária de cada um e de todos nós”, afirmou, na homilia da missa a que presidiu.

D. Virgílio Antunes apelou aos jovens para estarem “atentos ao coração” e pediu-lhes para serem “instrumentos alegres” e, ao mesmo tempo, felizes, da “grandeza desse encontro, que tem como ponto alto a Quaresma”, mas que deve “prolongar-se pela totalidade das suas vidas”.

Nós confiamos muito na capacidade que têm os jovens de acolher este Cristo e deixar realizar neles a obra de Deus. E pedimos-lhe que, no meio da sua família, no meio da sua comunidade cristã, concretamente da sua paróquia, do seu grupo, do seu movimento, no seu contexto habitual, mas também no contexto da Igreja mais alargada e da sociedade, possam ser eles mesmos protagonistas desta realização da obra de Deus”.

Na celebração que marca o início da Quaresma, o bispo diocesano realçou que “o mundo precisa muito de jovens, de adultos, de homens e mulheres cheios de Espírito, conduzidos pela mão da Virgem Maria, para que este caminho de transformação da sociedade” possa continuar.

“E para que nós, os cristãos, possamos ser um fator de novidade, de autêntica novidade, a confirmar essa esperança e essa confiança que aqui nos trouxe e que há de marcar com toda a certeza o nosso percurso da Quaresma até à Páscoa”, acrescentou.

Na mensagem para a Quaresma 2024, D. Virgílio Antunes convidou “os jovens a serem protagonistas de uma humanidade nova por meio da resposta a Cristo que os ama e lhes oferece os caminhos da libertação que procuram”.

No texto divulgado pela Diocese de Coimbra, o bispo revelou que a renúncia quaresmal deste ano, que é dividida em duas partes, se destina a ajudar as vítimas da guerra na Faixa de Gaza e a apoiar o Instituto Universitário Justiça e Paz da diocese, a Casa dos Jovens.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que teve início com a celebração de Cinzas (14 de fevereiro, em 2024), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).

LJ/OC

 

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Agência ECCLESIA

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