Quaresma: Bispo de Bragança-Miranda propõe tempo de «misericórdia» centrado nos mais necessitados

Renúncia quaresmal destina-se à Cáritas Diocesana

Bragança, 16 fev 2017 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda propôs hoje que a renúncia quaresmal das comunidades católicas da região seja este ano destinada à Cáritas Diocesana e ao apoio a milhares de pessoas necessitadas.

De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, aquele organismo sociocaritativo da Igreja Católica presta atualmente auxílio “a mais de 17 mil pessoas”, como indicam os dados relativos a 2016.

D. José Cordeiro destaca sobretudo as pessoas que enfrentam o “desemprego sem subsídio”, as situações de “trabalho precário” ou de “baixos salários” e as famílias cujo “rendimento é insuficiente” para fazer “face a despesas essenciais”.

O responsável pela diocese transmontana convida os católicos a fazer da Quaresma, período de preparação para a Páscoa, um tempo aberto à misericórdia e atento aos que mais precisam.

No território transmontano existem ainda vários desafios, apontados pelo bispo de Bragança-Miranda, como “a baixa escolaridade” e o “analfabetismo”, que marcam uma franja da população, “e problemas relacionados com a saúde”.

“Muitas das situações, são os chamados casos de pobreza envergonhada, devido ao desemprego e extinção de postos de trabalho”, e que “têm aumentado de forma significativa”, apontou D. José Cordeiro.

O responsável católico recorda que os tempos da Quaresma e da Páscoa, além de oportunidades de “oração”, de “expectativa pelo dom do Espirito da Igreja nascente” e de festa pela “ressurreição do Senhor”, são também ocasiões propícias à concretização das obras da misericórdia.

D. José Cordeiro pede por isso “o envolvimento de todos” no auxílio aos mais necessitados na região a, referindo que “muitos dos apoios existentes foram extintos, o que dificulta o atendimento a situações muitas vezes de desespero”.

O programa da Diocese de Bragança-Miranda para a vivência da Quaresma e da Páscoa 2017 tem como tema ‘Celebrar e viver a Páscoa, com Maria e como Maria’, e inclui propostas de reflexão acerca da Palavra de Deus (lectio divina) dinamizadas por grupos de jovens, instituições de acolhimento de crianças e jovens e pelos movimentos diocesanos.

A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas (1 de março, em 2017), é um período de 40 dias, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

JCP

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