D. António Moiteiro recorda dívida de gratidão que a região aveirense tem com aquele país da América Latina
Aveiro, 04 mar 2019 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro vai dedicar a renúncia quaresmal deste ano para o apoio à Venezuela, país que conta com um grande contingente de emigrantes portugueses e que passa atualmente por uma grave crise financeira e política.
Na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, recorda uma nação que passa “por momentos muito difíceis quer na vivência como povo quer na satisfação de necessidades básicas”, como “a alimentação e a saúde”.
À semelhança do que tem feito em outras ocasiões e tempos litúrgicos, aquele responsável recorda ainda um país a quem a Diocese de Aveiro também é especialmente “devedora”, pelo “contributo partilhado anteriormente com tantas paróquias e centros sociais da região”.
Recorde-se que vários grupos de migrantes que saíram da Venezuela, devido à crise, estão atualmente radicados na região de Aveiro, em Estarreja e em outras localidades da diocese, e têm conseguido integrar-se da melhor forma na sociedade, são mesmo já considerados uma importante alavanca da economia da região.
Sobre o tempo de Quaresma, D. António Moiteiro convida cada cristão a “reavivar” durante as próximas semanas o seu compromisso dentro da Igreja e no meio da sociedade, a começar pela consciência do que significa verdadeiramente ser batizado.
O bispo deixa depois alguns desafios às comunidades, aproveitando o Ano Missionário que a Igreja Católica em Portugal também está a viver.
Desde logo que cada um saiba “testemunhar a necessidade de viver a vocação cristã, nascida do Batismo, nas ocupações de cada dia, não tendo medo nem vergonha de anunciar a Boa Nova de Jesus” onde quer que esteja.
D. António Moiteiro realça ainda que, sendo a Quaresma um tempo de renovação e conversão interior, os católicos são chamados a cultivar um estilo de vida simples e austero, partilhando os seus bens com os mais necessitados”.
“ Ver menos televisão, usar menos o facebook como meio de expôr a vida pessoal e a dos outros, o instagram, o whatsApp… tudo isso pode ajudar-nos a viver o silêncio como um meio privilegiado de encontro connosco mesmos e com os outros”, considera o bispo de Aveiro.
Até 16 de junho, a Diocese de Aveiro está a viver um período de oração permanente ao Santíssimo Sacramento (Lauperene) centrado na “causa das vocações sacerdotais e de consagração”.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que tem início com a celebração de Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano dia 21 de abril.
JCP