Renúncia quaresmal destina-se aos grupos e instituições sociocaritativas
Évora, 13 fev 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora, D. José Alves, considera, na sua mensagem para a Quaresma que nos dias de hoje “não faltam oportunidades de traduzir a fé em obras”.
No documento intitulado «A fé atua pelo amor», D. José Alves escreve que muitas pessoas “vivem tempos difíceis, a braços com a pobreza, com a perda do emprego e com a incapacidade financeira para cumprir compromissos previamente assumidos”.
Como “cresce o número de crianças e jovens, vítimas inocentes de uma crise que dura há demasiado tempo”, o arcebispo de Évora realça que este “panorama sombrio e interpelante”, clama “por justiça e continua à espera dos prometidos auxílios”.
“Não há explicação plausível que justifique a indiferença de alguém” e “muito menos ainda quando se tem fé, porque a fé leva à ação e atua pelo amor”, continua o prelado.
Nesta Quaresma, acentua D. José Alves aos diocesanos, todos têm “oportunidade de avaliar a profundidade e a força” da fé “mediante as obras de amor” que forems “capazes de praticar em favor das muitas pessoas carenciadas que vivem” na arquidiocese.
O produto da renúncia quaresmal, tal como nos anos anteriores, “será recolhido pelos vigários da vara e encaminhado para a Cúria, que o distribuirá pelos grupos e instituições sociocaritativas que atuam no terreno”, lê-se na mensagem.
O verdadeiro sentido da Quaresma para os cristãos – pede o prelado de Évora aos diocesanos – é que se deixem “iluminar pela fé” e a mostrem aos outros “pelas obras que praticam”.
A Quaresma é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa (celebrada este ano a 31 de março), a principal festa do calendário cristão.
LFS