«Que sintam a proximidade do nosso coração, o desejo da transformação desta Igreja fragilizada» – D. José Cordeiro
Braga, 20 fev 2023 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga convidou a “rezar e acompanhar, de uma maneira especial, as pessoas vítima de todo o tipo de violência”, numa nova mensagem para a Quaresma, tempo que a Igreja Católica começa a viver esta quarta-feira.
“Queremos rezar e acompanhar de uma maneira especial as pessoas que foram, e que são, vítima de todo o tipo de violência, e que sintam a proximidade do nosso coração, o desejo da transformação desta Igreja fragilizada”, afirma D. José Cordeiro, num vídeo divulgado pela Arquidiocese de Braga.
O responsável assinala que “o amor tem a forma de uma cruz” e fala do tempo da Quaresma como “uma oportunidade favorável de escuta do coração”.
D. José Cordeiro acrescenta que a Igreja, “na cruz, encontra o sentido pleno da vida e da ressurreição”, para que, no cuidado, uns pelos outros, uns com os outros, sejam “a Igreja sinodal, samaritana, salientando pelos gestos, pela vida, onde há amor verdadeiro ai habita Deus”.
Que Deus, que habita no nosso coração, possa contagiar na verdade, na justiça, na paz, na liberdade, a esperança que nos habita”.
No último sábado, D. José Cordeiro destacou à Agência ECCLESIA os esforços a desenvolver para que a Igreja seja um lugar de “reconciliação, de vida saudável, de encontro, fraternidade e respeito”.
“Tudo deveremos fazer para que a Igreja seja este lugar de reconciliação, um lugar da vida saudável e sobretudo, nesta compaixão de uns para os outros, criando mecanismos de cultura de cuidado, do encontro, da fraternidade, do respeito e sermos o que somos chamados a ser, a Igreja que Jesus quer e espera de nós”, disse o arcebispo de Braga.
Neste nova mensagem, D. José Cordeiro começa a mensagem com a “saudação típica” da Paróquia moçambicana de Ocua, a paróquia “número 552” da Arquidiocese de Braga: ‘Salama, salama’.
Os bispos de Braga alertaram para o “ritualismo vazio, sem espírito”, apelando à solidariedade das comunidades católicas na tradicional renúncia quaresmal, na Mensagem para a Quaresma e Páscoa 2023.
“O contributo penitencial (Fundo Partilhar com Esperança e Paróquia de Ocua – Pemba) tem por princípio expressar um amor concreto, que seja corresponsabilizador, participativo, missionário, para que vá de encontro àquelas necessidades mais prementes da Igreja local ou universal”, explica o texto assinado pelo arcebispo primaz, D. José Cordeiro, e os dois bispos auxiliares, D. Nuno Almeida e D. Delfim Gomes, enviado à Agência ECCLESIA.
A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início com a celebração de Cinzas (22 de fevereiro, em 2023), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 9 de abril).
CB