Lisboa, 07 mar 2014 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Pio Alves considera que “o amor ao próximo” só é verdadeiro se for “humano”.
“O amor ao próximo se não é verdadeiramente humano é qualquer coisa, mais ou menos instrumental, mas não é amor”, escreve D. Pio Alves, na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.
O administrador apostólico da Diocese do Porto aborda o tema da Quaresma, que se iniciou esta quarta-feira, que define como um tempo de “oportunidades” que não pode ser “desaproveitado”.
Partindo das palavras do profeta Joel (2,13) ‘Rasgai o vosso coração’, D. Pio Alves alerta os cristãos para a necessidade de ser preciso “descobrir no normal ritmo diário da vida, na continuidade do ano litúrgico, um convite a começar de novo essa tarefa que nunca está terminada; uma tarefa que, pelo peso das nossas fragilidades, deixamos cair reiteradamente”.
“Despojados de nós próprios, cidadãos do mundo de Deus, seremos, a sério, cidadãos do nosso mundo, concidadãos dos nossos contemporâneos”, sublinha.
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais lembra que é “o caminho da pobreza que marca a identidade e o itinerário da relação com Deus e com o próximo” e que esse caminho apenas é bem-sucedido quando cada um se “esvazia” assumindo a “condição de criatura”.
“Jesus Cristo desenha-nos o quadro do nosso modo verdadeiro de estar com Deus, connosco próprios e com o próximo. Um quadro que é de qualquer tempo, mas que a Igreja aplica de modo especial ao tempo da quaresma: a oração, o jejum, a esmola. A simplicidade, a verdade, o segredo de Deus marcam todos esses cenários. O espetáculo, a ostentação, a consideração alheia minam o mérito de qualquer um desses gestos”, conclui D. Pio Alves em artigo de opinião publicado no Semanário ECCLESIA.
MD