D. Rui Valério recorda, na sua mensagem, todos os que são vítimas de violência
Lisboa, 21 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança convidou as comunidades do Ordinariato Castrense à solidariedade com a Ucrânia, Síria e Turquia, com os donativos recolhidos na preparação para a próxima Páscoa.
“Neste ano, o fruto da nossa Renúncia Quaresmal é canalizado para a Igreja da Ucrânia e para as obras de recuperação do terramoto que ocorreu na Turquia e na Síria, de modo a sermos parte da parábola de amor que sara as feridas da guerra, da fome e das catástrofes”, escreve D. Rui Valério, na sua mensagem para a Quaresma 2023, enviada à Agência ECCLESIA.
Os terramotos de 6 de fevereiro, na Síria e na Turquia, provocaram mais de 47 mil mortes, milhares de feridos e desalojados; milhões de pessoas são afetadas pela guerra na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, após a invasão russa.
A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
Além das vítimas da guerra e dos recentes sismos, o responsável católico fala dos que sofrem com todas as formas de violência.
“Nesta hora amarga que vivemos, acolhamos e acompanhemos no coração e na caminhada da vida, todas as irmãs e irmãos que sofrem violência: as que padecem perseguição e a destruição mortal da guerra, e, sobretudo, as vítimas inocentes dos crimes de abusos perpetrados por quem deveria ter sido o rosto da Misericórdia e do amor e só foi carrasco e destruidor”, indica.
A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início com a celebração de Cinzas (22 de fevereiro, em 2023), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 9 de abril).
D. Rui Valério fala num momento “favorável, oportuno para revisitar aquilo que é estruturalmente significativo” para a vida pessoal e a sociedade.
“Somos convidados a enriquecer de um novo sentido a nossa ação, desafiados a conferir-lhe um significado de transcendência”, sustenta.
OC