Tinha 13 anos quando Amélia Simões Figueiredo percebeu que havia uma profissão que ajudava a cuidar quem estava em fragilidade: uma enfermeira, por telefone fixo, dava indicações à sua mãe sobre a melhor forma de aliviar o sofrimento da sua avó que tinha sofrido um AVC e estava em casa.
Esse contacto com a vulnerabilidade marcou o percurso da sua vocação, que se tornou firme quando após anos de enfermagem em cuidados intensivos e urgência no Hospital de São José, se deixa fascinar pela prevenção da doença e promoção da saúde. Amélia Simões Figueiredo especializa-se em saúde pública e hoje é junto de estudantes de enfermagem que concretiza o desejo de chegar a todos.
O Balneário público de Alcântara tem uma porta aberta para uma consulta de enfermagem que oferece pouco: apenas tem uma balança e um aparelho para medir a tensão arterial, mas o diagnóstico que mais vezes as enfermeiras naquele espaço fazem é validar a história de cada pessoa que ali chega – seja ela incógnita ou uma pessoa conhecida que ali chega à procura de uma palavra que alivie a solidão dos dias.