Lisboa, 16 fev 2016 (Ecclesia) – Isabel Figueiredo, autora do livro a ‘Via-Sacra com Maria’, apresenta meditações nascidas em contexto paroquial, na tentativa de fazer uma via-sacra seguindo “o olhar de Maria”, com “uma escrita de uma mãe”.
À Agência ECCLESIA, a autora recorda que escreveu as meditações ao fim da tarde, no seu gabinete de trabalho e analisando o processo pensa que teve “ousadia” e se calhar até “atrevimento”, como já lhe disseram.
“Tentar colocar-me no coração de Nossa Senhora e, pensar como mãe, o que ela teria sentido no caminho da cruz a olhar para o filho”, explica, acrescentando que na parte das intenções procurou “sempre ter uma abrangência relacionada com o sofrimento”.
Neste contexto, considera que podem existir muitas mães que ao ler esta Via-Sacra estabelecem sintonia porque também acompanharem situações de sofrimento: “Fui procurando trazer para o livro intenções que fossem o mais universais possíveis.”
“Hoje em dia rezar ou pensar na via-sacra pode fazer bem porque na verdade estamos rodeados de sofrimento e precisamos de encontrar sentido nesse sofrimento”, desenvolve Isabel Figueiredo para quem a solução “não é fugir dele”.
As meditações da ‘Via-Sacra com Maria’ contam com as ilustrações do jesuíta João Sarmento e para a autora as palavras já “não vivem sem desenhos” e vice-versa.
Segundo Isabel Figueiredo, o ilustrador, estudante e Belas Artes no Porto, ouviu apenas a Primeira Estação, “fez os desenhos” e só depois leu o texto porque “foi muito emotivo” e pensou que “não conseguiria fazer o que tinha pensado”.
“A sensação é que são os desenhos certos para o que escrevi”, acrescenta, recordando que lhe disseram que “é estranho o confronto da beleza dos desenhos com a situação de sofrimento de Jesus”.
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, escreveu o prefácio da publicação que nasceu com a chancela do AO em Portugal, obra confiada à Companhia de Jesus.
A autora conta que o livro foi pensado e escrito para uma via-sacra na Paróquia de Carcavelos, em 2014, meditadas na Sexta-feira Santa, num jardim público, “na dinâmica do sínodo diocesano”.
Um ano depois, o projeto online «Passo-a-rezar» usou estas reflexões e, no início de 2016, o Apostolado de Oração (AO) propôs a Isabel Figueiredo a sua publicação porque “tinham tido vários pedidos e achavam que fazia sentido”.
HM/CB