Lisboa, 02 set 2025 (Ecclesia) – A Companhia de Jesus (jesuítas) em Portugal informa que já está disponível a revista ‘Brotéria’ para agosto/setembro, que no editorial apresenta “uma leitura crítica e apaixonada dos desafios do presente”, nos 70 anos da morte do padre Teillard de Chardin.
“No cruzamento da ciência, filosofia e teologia, procurou integrar a evolução cósmica com uma visão espiritual do universo. Por ter escrito sobre a doutrina cristã do “pecado original”, procurando acolher os avanços científicos da época, acabaria por ser impedido de ensinar e de escrever. Acabou “desterrado” nos EUA, onde morreu num dia da Páscoa”, escreve o padre Vasco Pinto de Magalhães, no editorial ‘Por uma leitura crítica e apaixonada dos desafios do presente: 70º aniversário da morte de Teilhard de Chardin’, lê-se na informação enviada à Agência ECCLESIA.
O padre Teillard de Chardin (1 de maio de 1881), jesuíta francês e paleontólogo, “pensador original do século XX”, faleceu há 70 anos, no dia 10 de abril de 1955, e, segundo o padre Vasco Pinto de Magalhães, o percurso de vida e o seu pensamento “não perderam atualidade” quando continua a ser necessário “discernir desafios e possibilidades do tempo presente, sem euforias de fugas para a frente e sem conservadorismos de estabilidade doentia”.
Neste reinício de ano escolar 2025/2026, Rodrigo Queiroz e Melo faz um desafio-provocação ao sugerir a criação de um ‘Ministério dos Alunos’, centrado no acesso de cada aluno “a educação de qualidade, independentemente dos interesses dos agentes educativos”.
“Uma política educativa centrada no aluno é aquela que reconhece a diversidade como riqueza, que apoia quem precisa, que exige de todos, mas oferecendo condições reais para que todos possam crescer”, assinala o autor.
Os Estados Unidos da América, que vão comemorar 250 anos no dia 4 de julho de 2026, estão presentes, direta ou indiretamente, em três artigos, neste número duplo da ‘Brotéria’: Miguel da Câmara Machado oferece “um olhar jurídico-político” a partir ‘das batalhas pela independência aos processos com independência’, Pedro Franco, em ‘a erosão da solidariedade e o altruísmo eficaz’, reflete sobre “uma das políticas mais danosas da segunda Adminstração Trump”, o encerramento da agência norte-americana da cooperação internacional, a USAID, enquanto Guilherme d’Oliveira Martins apresenta ‘as tarefas do novo pontificado’, Leão XIV, o primeiro Papa eleito dos EUA, “um programa de continuidade e de reforma no sentido do combate pela justiça e pela paz”.
‘A propósito da prescrição penal na Igreja’, é o tema de Mário Rui Oliveira, já Artur Morão escreve sobre ‘Um certo nexo comum: humanidades como exigência, cuidado e refrigério’, onde aborda “a crise das Humanidades e o seu lugar incerto no atual sistema tecnológico e económico”, e ‘a cultura como refúgio: salvaguardar o imaterial em tempos de conflito’, é a proposta de Filipa Iglesias.
A ‘Brotéria’ tem também um caderno cultural que, na mais recente edição da revista, os meses agosto/setembro, sugere conhecer o MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, um dos mais recentes museus de Portugal, que foi inaugurado este ano de 2025, apresenta sugestões que “prolongam o verão com boa literatura, cinema e arte”, através dos artigos de Hélder Macedo (‘corpos da memória’), de João Rosas (‘A vida Luminosa’), e Cláudia Andrade (‘A ressurreição de Maria’).
A ‘Brotéria’, revista de cristianismo e cultura, é editada pelos jesuítas em Portugal, desde 1902, iniciou a sua publicação em formato digital, em 2020, e dá nome também a um centro cultural, no ‘Bairro Alto’, em Lisboa.
CB/OC