Publicação está disponível nas livrarias a partir de 13 de novembro

Lisboa, 06 nov 2025 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Tolentino Mendonça lança, este mês, um novo livro intitulado “Para os Caminhantes Tudo é Caminho”, que pode ser encontrado à venda a partir de 13 de novembro.
“Chegará o momento em que compreenderemos que sabedoria é amar tudo. É saudar os dias sem esquecer a importância das horas; contemplar as grandes torrentes sem deixar de agradecer cada gota de orvalho; estimar o pão sem, no entanto, esquecer o sabor das migalhas”, pode ler-se na sinopse da obra.
Este é a sétima publicação de D. José Tolentino de Mendonça na Quetzal Editores, depois de “O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas” (2017), “Elogio da Sede” (2018); “Uma Beleza Que nos Pertence” (2019), “O Que É Amar Um país” (2020), “Rezar de Olhos Abertos” (2020), “Metamorfose Necessária” (2022) e “A Vida em Nós” (2024).
Neste obra, o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação (Santa Sé) escreve que “chegará a ocasião de compreender que o importante não é só contar a viagem, mas testemunhar também o contributo dos passos; elogiar não só a meta, mas a lição de cada etapa, sobretudo quando chegámos a duvidar que o caminho conduzisse a alguma parte”.
“Chegará o tempo em que nos reconheceremos saciados tanto pela frescura da fonte, como pela sede; iluminados pela experiência dos encontros, mas também pelo ensurdecedor vazio de certas esperas; maravilhados, de igual maneira, com o alforge repleto e as mãos sem nada”, conclui a sinopse.
A obra de 200 páginas apresenta várias reflexões sobre diferentes temas, nomeadamente o Natal, com o autor a destacar que “todo este património simbólico que se tornou cultura um dia já foi culto”.
“O espaço que é concedido ao Pai Natal já foi um dia dado ao presépio”, escreve D. José Tolentino de Mendonça, que acrescenta que “o papel de motor que hoje o comércio desempenha foi já, de modo exclusivo, realizado pela religião”.
Segundo o autor, “à medida que as sociedade se secularizam, pretendem que a circulação entre o culto e cultura se interrompa, como se fosse coisa boa uma operação de cancelamento puro e simples das origens”.
“Torna-se, contudo, urgente submeter a um debate crítico essa forma de pensar. Se a cultura cancela a memória do culto, desvitaliza-se, rasura algo de antropologicamente decisivo”, alerta.
O livro apresenta na capa a imagem de um barbusano (Apollonias barbujana), uma árvore que é possível encontrar na Floresta Laurissilva, na ilha da Madeira, distinguindo-se entre a grande diversidade presente e cujo porte se eleva até aos 20 metros, de folhas perenes, escuras, copa arredondada e tronco resistente e de grande densidade.
| D. José Tolentino Mendonça nasceu em Machico (Diocese do Funchal) em 1965 e foi ordenado padre em 1990 e bispo a 28 de julho de 2018; é doutorado em Teologia Bíblica, tendo desempenhado, entre outras funções, os cargos de reitor do Colégio Pontifício Português, em Roma, de diretor da Faculdade de Teologia da UCP e diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Foi criado cardeal pelo Papa Francisco, a 5 de outubro de 2019. Biblista, investigador, poeta e ensaísta, Tolentino Mendonça foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem de Sant’lago da Espada por Aníbal Cavaco Silva, presidente da República, em 2015. A 26 de junho de 2018, o Papa nomeou D. José Tolentino Mendonça como arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica, elevando-o à dignidade de arcebispo; o até então vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa orientou nesse ano o retiro de Quaresma do Papa Francisco e seus mais diretos colaboradores. Já a 26 de setembro de 2022, o cardeal português foi escolhido como o primeiro prefeito do novo Dicastério para a Cultura e a Educação, criado por Francisco na sequência da reforma da Cúria Romana. |
LJ/PR
