Livro do padre João António Pinheiro Teixeira, reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, explica a atitude crente «na sua totalidade»
Lisboa, 16 out 2024 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, publicou o livro “A Fé que nos sustém” com o objetivo de ir além da expressão “eu tenho a minha fé” e apresentar “a fé na sua totalidade”.
“Nós somos os destinatários da fé, não escolhemos os artigos ou as mensagens da fé que mais nos aprazem, mas recebemos a fé na sua totalidade, sobretudo para a viver, porque não faz sentido professar sem a meditar, sem a rezar e sem a viver”, disse o padre João António Pinheiro Teixeira em declarações à Agência ECCLESIA.
Publicada pela Salesianos Editora, a obra apresenta a fé “em chave existencial” e foi escrita por ocasião dos 50 anos da Profissão de Fé do autor e dos 35 anos da sua ordenação sacerdotal.
“Entendi que devia fazer de forma escrita a minha proposição de fé”, refere o padre João António Pinheiro Teixeira.
Santuário de acolhimento de muitos crentes, a Senhora dos Remédios é local de “diálogo com as pessoas” e de atendimento, também de não crentes, o que “está refletido no livro”.
“Hoje tornou-se vulgar as pessoas dizerem ‘eu não sou propriamente crente, mas acredito em algo’. Ora, a fé, o símbolo, não nos fala de algo, mas de Alguém”, sustenta.
“Um santuário com esta dimensão, que já é bastante relevante, atrai muitas pessoas, na sua maioria que professam a fé, mas outros que assumem, claramente, que também vivem à margem da fé”.
O padre João António considera que o ambiente do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios permite ligar “a fé à vida”, propondo a vivência da fé “por inteiro.
“Há pessoas que têm uma grande ligação, diria, epidérmica com a Nossa Senhora, mas desligada, por exemplo, da Eucaristia. E, portanto, essa também é uma preocupação que procuro inverter neste livro, porque, na verdade, a fé só faz sentido ser vivida por inteiro, na totalidade, e não às parcelas”, acrescentou.
O livro “A Fé que nos sustém”, do padre João António Pinheiro Teixeira, propõe “uma aproximação teo-vivencial do Credo”.
PR
