Publicações: Novo livro apresenta patriarca com «muito a dizer»

Paulo Rocha conduziu entrevista a D. Manuel Clemente na qual se falam dos «grandes temas»

Lisboa, 02 jul 2013 (Ecclesia) – O novo patriarca de Lisboa é alguém com “muito a dizer” à Igreja e à sociedade em Portugal, considera o jornalista Paulo Rocha, autor do livro-entrevista ‘Uma casa aberta a todos’ (Paulinas Editora), com D. Manuel Clemente.

“D. Manuel Clemente olhou sempre para a possibilidade de presença num programa de televisão ou de resposta aos jornalistas como hipótese de diálogo cultural que queria fazer, porque tem muito a dizer”, afirma o diretor da Agência ECCLESIA.

D. Manuel Clemente, antigo bispo auxiliar de Lisboa, regressa após mais de seis anos à frente da Diocese do Porto e assume ainda a presidência da Conferência Episcopal Portuguesa, sucedendo a D. José Policarpo.

“Não é uma pessoa que aparece do nada, desligado, mas insere-se na história da diocese (de Lisboa), das comunidades cristãs e quer ser mais um a contribuir para que o Evangelho seja vivido neste tempo”, refere Paulo Rocha.

O próprio patriarca eleito faz questão, na entrevista, de sublinhar a importância desta memória, afirmando que “uma sociedade não se resolve no momento” e que é “necessário conhecer melhor, do ponto de vista histórico, saber o porquê das coisas”.

D. Manuel Clemente, de 64 anos, afirma na obra que volta à capital portuguesa com as prioridades de “ouvir muito as pessoas” e transformar as comunidades cristãs em “centros de acolhimento e missão”.

A tomada de posse do cargo está marcada para o dia 6 de julho, na Sé de Lisboa.

O patriarca eleito fala numa “regra básica da pastoral”, segundo a qual “no primeiro ano não se muda nada”.

“Temos de tomar conta da realidade e temos de deixar que a realidade tome conta de nós”, sustenta.

Paulo Rocha recorda a “empatia muito grande” nas centenas de horas gravadas com D. Manuel Clemente, que há 15 anos mantém uma rubrica semanal, atualmente denominada ‘O passado do presente’, no Programa ECCLESIA (RTP 2) sobre História da Igreja, agora na sua reta final.

As últimas edições têm sido dedicadas ao novo Papa, traçando paralelismos com o percurso do patriarca eleito.

“Tenho muita coincidência com as linhas mestras e com as etapas do Papa Francisco. Passei grande parte da minha vida ligado a ambientes pedagógicos, quer em colégios, quer em seminários. Depois, essa urgência da evangelização de proximidade, a insistência na pessoa de Jesus Cristo com tudo o que a Igreja tem para oferecer”, declara D. Manuel Clemente, no livro.

O prelado, agraciado com o Prémio Pessoa em 2009, é apresentado num “núcleo extenso” de entrevistas, duas delas realizadas já após a nomeação pontifícia, a 18 de maio, onde se passa em revista a vida e obra do novo patriarca, abordando os temas em debate e as expectativas desta hora de mudança.

“Diante de enormes desafios, porque estamos numa mudança de época, aquilo que D. Manuel (Clemente) vai repetindo é que é preciso estar, ir ensaiando, adiantando o contributo que a Igreja Católica tem para dar a cada tempo”, observa Paulo Rocha.

O livro da Paulinas Editora apresenta depois uma espécie de ‘dicionário’ de A a Z sobre o pensamento de D. Manuel Clemente e um percurso fotográfico da sua vida.

A obra vai ser lançada a 7 de julho, dia em que D. Manuel Clemente entra solenemente no Patriarcado de Lisboa, com uma missa no Mosteiro dos Jerónimos.

OC

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