Padre João Luís Silva recorda importância das missivas na sua formação
Lisboa, 13 fev 2017 (Ecclesia) -O padre João Luís Silva apresenta hoje no Carmelo de Coimbra o livro ‘Cartas que a oração escreveu’, no qual revela as missivas que escreveu à Irmã Lúcia de Jesus (1907-2005) durante a sua formação para o sacerdócio.
A oração da Irmã Lúcia – considerou o autor – foi uma âncora no seu percurso vocacional porque ela ajudou-o “a conhecer e a amar Fátima”, “um abraço da ternura de Deus no século XX”.
O padre João Luís Silva nunca obteve respostas da Irmã Lúcia porque ela “tinha 93 anos e já não escrevia”, mas pela madre prioresa do Carmelo de Coimbra, Irmã Celina, o sacerdote sabe que ela as “leu todas e que rezava por esta intenção”, disse à Agência ECCLESIA.
O sacerdote, natural de Chaves e agora na Arquidiocese de Évora, resolveu publicar aquelas palavras escritas nascidas durante o tempo de formação académica e de preparação para o sacerdócio.
Com a chancela da Paulus Editora, o autor recordou à Agência ECCLESIA que tudo começou no Jubileu do Ano 2000, quando o Papa João Paulo II veio a Fátima para beatificar Francisco e Jacinta Marto.
Depois de ler “muita bibliografia sobre Fátima” e também as ‘Memórias da Irmã Lúcia’, o seminarista escreveu, no mês de junho, uma carta à mão que não guarda a cópia à vidente de Fátima.
A carta tinha três motivos: “agradecer o testemunho deixado nas memórias”, “dar os parabéns pela beatificação do Francisco e da Jacinta” e “para lhe pedir um terço”.
Quando já estava a estudar na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, João Luís Silva escreveu pela segunda vez à Irmã Lúcia.
Durante os estudos, o autor da obra fez quase um compromisso pessoal: “Partilhar com ela as reflexões teológicas”.
Até 2005, ano do falecimento da Irmã Lúcia, o padre João Luís Silva escreveu-lhe várias cartas, “quase como um segredo que gostava de partilhar com ela”.
A obra vai ser lançada no Memorial da Irmã Lúcia, Coimbra, às 15h00, com apresentação a cargo da atriz Maria José Paschoal, pouco antes do encerramento da fase diocesana do processo de canonização da vidente de Fátima.
A apresentação da obra é assinada por D. José Alves, arcebispo de Évora.
LFS/OC