Sacerdote assinala que coleção tem cânticos que se adaptam «ao gosto juvenil», como «Maria levantou-se» no âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude 2023
Fátima, 17 ago 2021 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional de Liturgia (SNL) publicou o livro ‘Bendizei o Senhor’ que é uma coletânea de cânticos que o padre António Cartageno, sacerdote da Diocese de Beja, escreveu ao longo da vida e é considerada a versão “mais atual”.
“Da minha produção musical para a liturgia há muita coisa que nunca foi publicada e vê agora a luz do dia. Um grande número de cânticos do livro – alguns escritos num passado recente – são agora publicados, no todo ou em parte, pela primeira vez”, explica o autor na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA pelo SNL.
O padre António Cartageno, maestro e presidente do Serviço nacional de Música Sacra, adianta que partilha com o público um “conjunto razoável” de peças inéditas que, espera, possam ser “úteis às comunidades e aos coros”, como a ‘Oração do Santo Cura d’Ars’, ‘O tesouro do homem cristão’, vários cânticos marianos e muitos outros.
Segundo o sacerdote, que é o diretor do Departamento de Música Sacra do Secretariado Diocesano de Liturgia de Beja, esta coleção também tem alguns cânticos que se adaptam “ao gosto juvenil” e destaca ‘Santo V’, ‘Quero cantar o vosso nome’, ‘Como o Pai Me enviou’ ou ‘Maria levantou-se’, no âmbito da preparação das Jornadas Mundiais da Juventude 2023, sobre o tema proposto pelo Papa Francisco para o evento que se vai realizar em Lisboa.
Vários cânticos foram ligeiramente alterados, especialmente na harmonia, em relação a versões anteriores, por isso, o livro publicado pelo SNL é a versão “mais atual” em relação a outras que porventura estejam em circulação.
A nova obra, com mais de 300 cânticos a vozes, com acompanhamento de órgão, está dividia por três secções: Ordinário da Missa, próprio da Missa nos vários tempos Litúrgicos, Santoral e outros, e em louvor da Virgem Santa Maria.
O bispo de Beja, na apresentação de ‘Bendizei o Senhor’, destaca que padre António Cartageno é um “compositor definido e bem situado” e as suas composições “ajudam a assembleia a cantar e a celebrar a Liturgia”.
“A música sacra não é um ornamento. Na Liturgia, as artes não são ornamento, são parte integrante da ação. Mas é necessário entender e viver a Liturgia para se poder fazer boa música litúrgica”, refere D. João Marcos.
O bispo diocesano salienta que o “valioso trabalho de recuperação do cante religioso alentejano” realizado pelo padre António Cartageno, e hoje têm um “riquíssimo património musical popular”, para além das suas produções de várias cantatas e cânticos religiosos.
CB