O propósito é «facilitar o diálogo entre pessoas com fés diferentes», refere a antropóloga Lidice Meyer
Lisboa, 04 Jan 2022 (Ecclesia) – A antropóloga Lidice Meyer considera que o opúsculo «Celebração do Tempo», editado pelas Paulinas, pretende criar a possibilidade de encontro inter-religioso, nomeadamente entre “as religiões mais representativas” no território português.
Nas sete religiões mais representativas em “solo português” estão presentes “onze tradições religiosas” que funcionam “perfeitamente num país” como Portugal, disse Lidice Meyer no Programa ECCLESIA, transmitido esta terça-feira, na RTP2.
O opúsculo denominado «Celebração do Tempo», editado pelas Paulinas, é um calendário inter-religioso que reúne ciclos litúrgicos de sete religiões com maior implantação em Portugal.
O propósito é “facilitar o diálogo entre pessoas com fés diferentes”, por isso foram convidados líderes religiosos “para escreverem um pequeno texto em cada mês”, acentua.
A temática deste ano é a dignidade humana e Lidice Meyer realça que cada líder religioso escreveu um texto sobre este tema “dentro da sua religiosidade”.
Em cada mês, os textos são ilustrados com imagens que se referem às festividades de cada religião.
“Todos os mês têm uma dinâmica específica, o que permite a possibilidade de um conhecimento maior das tradições religiões”, afirmou a antropóloga.
Para além das datas religiosas, o calendário «Celebração do Tempo» tem “explicações sobre as festas” e “as efemérides nacionais, internacionais, a ONU e a União Europeia”.
As explicações “facilitam” a interpretação dos procedimentos ao “nível da alimentação e também do vestuário” de cada tradição religiosa.
Num país “multiétnico” como Portugal, a antropóloga realça que a publicação também pretende chegar ao meio escolar.
“Para que as crianças desde cedo possam aprender a conviver com os colegas que vivem outras tradições religiosas”, acentua.
O calendário «Celebração do Tempo» é um instrumento “valioso” para a promoção do diálogo inter-religioso.
“A intenção é que o calendário seja cada vez mais conhecido e mais utilizado”, conclui.
Um projeto apoiado por várias entidades e com a chancela da “Paulinas Editora”.
PR/LFS
