Publicações: As raízes do «Pai Américo»

Lisboa, 23 out 2015 (Ecclesia – )Quando se escreve sobre algo ou alguém que nos toca profundamente a distância percorrida torna-se mais leve com a ajuda deste suplemento vitamínico. Refiro-me a uma obra sobre o Padre Américo, conhecido também como «Pai Américo». O livro, como diz o autor, Henrique Manuel Pereira, “não é um conjunto de ensaios ou exercícios académicos em vista a qualquer tese”.

A obra «Raízes do Tempo – À Volta de Padre Américo» que vai ser apresentada, esta sexta-feira, no campus Foz da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, o autor compila vários textos e entrevistas sobre o Padre Américo, realizadas a personalidades como D. Eurico Dias Nogueira, D. António Marcelino e aos padres Carlos Galamba e António Baptista, membros da Obra da Rua.

Com a chancela das Edições Tenacitas, o conteúdo da obra recorda uma figura ímpar do catolicismo português do século XX. Um homem que fez obra e deixou obra… Os testemunhos das figuras entrevistadas dão a conhecer este padre que viveu e deu a vida pelos outros. O Padre Américo dedicou a sua vida aos mais pobres, especialmente os jovens em risco, acolhidos nas Casas do Gaiato, e, ainda, aos doentes incuráveis.

De leitura fácil, através desta obra o padre Américo é recordado como uma fotografia que acompanha os passos e o olhar do transeunte.

Quando decorre, na Diocese do Porto, o processo de beatificação do fundador da Obra da Rua, recordo o que disse D. Eurico Dias Nogueira ao autor de «Raízes do Tempo – À Volta de Padre Américo»: “Noutro país que não Portugal, sei lá, na Espanha, na França, na Itália, o caso do padre Américo avançaria muito mais rapidamente. Eu não tenho dúvidas de que ele seria rapidamente beatificado” (página 48).

Perante a pergunta «Em Portugal estes processos são mais lentos? Porquê?», o antigo arcebispo de Braga, falecido em maio de 2014, sublinhou: “Nós não temos grande jeito para isso. Lança-se a ideia e depois amortece”. (página 49). Uma obra a ler com o coração aberto sobre o fundador da obra da rua, falecido a 16 de julho de 1956. A sua memória continua bem viva e os seus seguidores ainda recordam o amor que o Pai Américo tinha para com os mais desfavorecidos.

Américo Monteiro de Aguiar nasceu em Galegos, concelho de Penafiel, a 23 de outubro de 1887. Ramiro Monteiro de Aguiar e Teresa Rodrigues Ferreira deram à luz aquele menino que deveria chamar-se Adriano. Só que, no dia do Batismo, o seu padrinho pediu que se chamasse Américo, em memória do cardeal D. Américo, ao tempo prelado portucalense.

LFS

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Agência ECCLESIA

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