«Eu creio, nós cremos» apresenta respostas de Francisco em programa da televisão da Conferência Episcopal Italiana
Cidade do Vaticano, 04 mar 2020 (Ecclesia) – O Papa afirma num novo livro-entrevista que o amor ao próximo é “condição essencial” para ser cristão, rejeitando a ideia de que a fé seja uma soma de “fórmulas”.
“Não cremos num Deus abstrato ou imaginário, fruto das nossas ideias ou teorias. Cremos no Deus Pai que Jesus nos fez encontrar e que é amor”, refere, na obra “Eu creio, nós cremos”, que reúne as respostas às perguntas feitas pelo padre Marco Pozza numa série de programas emitidos na televisão da Conferência Episcopal Italiana, ‘TV 2000’.
O Papa conversa sobre o Credo, em sete emissões, desde o dia 17 de fevereiro.
“O nosso principal mandamento é o amor”, indica.
Na introdução do livro que condensa estas conversas, Francisco destaca que o Credo “não era apenas a fórmula que resumia o conteúdo da fé, mas também a expressão da vida e da experiência que distinguiam os cristãos”.
“Ter fé em Deus Pai significa acolher o seu amor, estar unido a Jesus, o seu Filho, e entre nós. Ter fé significa descobrir-se amado e tornar-se, pelo poder do Espírito Santo, capaz de amar”, acrescenta.
Francisco lamenta que, a pretexto da fé, alguns pensem que podem rejeitar o próximo e promover divisões.
“Isso é um sinal de que muitas vezes não é uma questão de fé e confiança no Senhor, mas simplesmente nas nossas ideias e crenças que – ainda que ‘pintadas’ com uma camada de cristianismo – não são fé autêntica”, pode ler-se.
Na obra, o Papa fala sobre a morte e o momento do encontro com Deus: “Imagino o seu abraço e o meu olhar que se elevará para o seu, não ousaria olhá-lo sem antes ter recebido o seu abraço”.
Nos vários capítulos, Francisco aborda temas como a ressurreição, o diálogo com os mortos, o paraíso, o purgatório e o inferno ou a pluralidade das expressões de fé em Jesus.
OC
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