A revista “Além-Mar”, dos Missionários Combonianos, denuncia na sua edição de Dezembro o drama de milhões de crianças que são vítimas de “exploração e discriminação graves tornaram-se invisíveis aos olhos da comunidade internacional. Não são contadas nem tidas em conta”. “«Desaparecem» quando são objecto de tráfico ou obrigadas a trabalhar como servos. Outras, como as crianças de rua, vivem à vista de todos, mas são sujeitas a maus-tratos e não têm acesso à escola nem a cuidados de saúde”, explica-se. A peça fala dos casos de Ilu e João, “dois irmãos que lutam juntos pela sobrevivência recolhendo cartão e sucata de metal nas ruas de São Paulo, no Brasil”. “Blanca, de 13 anos, vive um verdadeiro pesadelo por ser portadora do vírus HIV: é discriminada na escola que frequenta em Brooklyn, nos Estados Unidos, e nem os que lhe estão mais próximos a poupam à angústia e ao estigma da doença”, refere a publicação, que fala ainda de meninos como “Ciro, um adolescente que deixou para trás os pais negligentes e uma família disfuncional e passou a sustentar-se através do roubo nas perigosas ruas de Nápoles, em Itália”.