O padre Nuno da Silva Gonçalves está em Braga a visitar as comunidades dos Jesuítas, até ao próximo dia 21 de Abril. Esta visita canónica está prescrita nas normas e constituições da Ordem, como apurou o Diário do Minho, realizando-se, pelo menos, uma vez por ano. O intuito da visita tem a ver com o estímulo que o Padre Provincial deve dar às comunidades. Deste modo, o padre Nuno Gonçalves tem por missão, com esta visita, ajudar a levar por diante o projecto dos Jesuítas como homens inteiramente consagrados. Além disso, durante os dias de visita, o Provincial atende pessoalmente os membros da comunidade, reúne com cada uma delas, assim como com a Consulta, que é um grupo conselheiro do Superior de cada casa. A visita também pode ser destinada para o tratamento de assuntos de carácter mais pessoal como, por exemplo, o destino a dar a alguma pessoa, as nomeações e missões e também o tratamento dos doentes. O padre Nuno Gonçalves, que começou a visita no passado dia 11, vai passar pela comunidade Pedro Arrupe, que é constituída por 22 elementos. Destes, três são padres, um é irmão e os restantes são estudantes de filosofia que já fizeram o seu noviciado em Coimbra e que se preparam para, no final do curso, entrar no magistério. Além desta, também a comunidade da Faculdade de Filosofia e do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração recebe a visita do padre Nuno Gonçalves, que foi, anteriormente, director da Faculdade de Filosofia de Braga. Esta comunidade tem, igualmente, 22 elementos: seis são irmãos e 16 são padres, dos quais dois estão a preparar o seu doutoramento. O padre Nuno Gonçalves, por causa da sua presença na 35.ª Congregação Geral da Companhia de Jesus, que escolheu o padre Adolfo Nicolás como Geral dos Jesuítas, não terá possibilidade de visitar, este ano, todas as comunidades da província portuguesa, soube o DM por fonte ligada à comunidade de Braga. Na Arquidiocese, os Jesuítas têm cinco comunidades: as duas que recebem a visita do Provincial nestes dias e, ainda, a comunidade que está na basílica do Sagrado Coração de Jesus, na Póvoa de Varzim, a comunidade da Casa de Soutelo (Vila Verde) e ainda a comunidade das Caldas da Saúde, em Areias (Santo Tirso). A comunidade da Póvoa de Varzim tem quatro padres e um irmão. A sua obra liga-se à pastoral em torno da basílica do Sagrado Coração de Jesus, em especial as confissões, a catequese e as restantes celebrações. Por sua vez, a comunidade de Soutelo tem quatro irmãos e cinco padres e têm por missão toda a logística e manutenção do Centro de Espiritualidade e Cultura, com retiros, cursos e encontros frequentados por centenas de pessoas durante o ano. O Instituto Nun’Álvares, em Santo Tirso, tem oito padres, um escolástico (a fazer o magistério) e, ainda, quatro irmãos. De referir que aqui se situa o Colégio das Caldinhas e também a academia de música da Artave, onde estudam mais de 2.500 alunos e trabalham cerca de 300 professores. Na Província Portuguesa da Companhia de Jesus há, este ano, 12 noviços (cinco no primeiro ano e sete no segundo). De Braga, este ano, saem sete estudantes que terminaram a filosofia e se preparam para fazer o ano do magistério (um ano entre o curso de filosofia e teologia). A pastoral vocacional dos jesuítas é responsável por manter a Ordem como uma das mais estáveis ao nível das vocações, em Portugal. Para tal, foram dados passos concretos pela Província Portuguesa que tem, de há uns anos a esta parte, um promotor vocacional a trabalhar a tempo inteiro. Em especial, os Jesuítas dão atenção aos movimentos universitários (têm centros em Braga, Porto, Coimbra e Lisboa) e dedicam-se à formação destes, assim como estabelecem diálogo com os antigos alunos dos seus colégios. A par disso, fazem uma imensidade de actividades: exercícios espirituais, acampamentos, peregrinações, noites de oração, grupos de encontro, reflexão e convívio.