Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé agradeceutrabalho dos responsáveis pela EMRC e Catequese em Portugal
Lisboa, 23 jan 2025 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé considerou “muito positivo” do trabalho realizado entre o Secretariado Nacional da Educação Cristã e o Grupo VITA, na área da proteção de menores.
“Penso que o balanço é muito positivo. O caminho que nos propusemos passou, e ainda passa hoje, por uma clara aposta na formação, de modo que professores de EMRC e catequistas sejam formadores mais preparados e conscientes do seu papel, na proteção e cuidado dos menores e dos adultos vulneráveis, nos espaços educativos da Igreja”, referiu D. António Augusto Azevedo, em declarações divulgadas pelo portal Educris, do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).
O organismo destaca que, desde o início da atividade do Grupo VITA, de acompanhamento das situações de violência sexual na Igreja Católica em Portugal, “os responsáveis diocesanos quer da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) quer da Catequese, mantiveram reuniões de trabalho e formações de capacitação nesta área” com o objetivo de “replicar as diferentes formas de atuação e diretrizes até às bases”.
“Esta é a lógica de subsidiariedade em Igreja. Delineámos uma estratégia, em autêntica cascata, chegando inicialmente a cerca de oito centenas de professores e catequistas que estão, por sua vez, a formar outros a nível diocesano”, desenvolveu.
O trabalho promovido pela Comissão Episcopal, através do SNEC, e sempre em parceria com o Grupo VITA, gerou dois inquéritos exploratórios que procuraram perceber a realidade e as necessidades sentidas, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA.
O portal do SNEC refere que, ao longo de 2024 foram realizadas formações acreditadas para docentes de EMRC, e para responsáveis diocesanos da Catequese, com a certificação científica da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
Nos últimos meses, acrescenta a nota, “criaram-se ‘embaixadores’ para os recursos didáticos em preparação pelo Grupo VITA, sendo este grupo independente consultor dos manuais da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica”.
Para o presidente da Comissão Episcopal responsável pelo setor da Educação, a próxima etapa passa por “consolidar processos”, alargando as formações “a cada vez mais catequistas e professores de EMRC”, de modo a “gerar espaços seguros onde os mais novos possam crescer em harmonia”.
“Neste flagelo, como noutras situações, importa a atuação imediata para tratar os problemas que surgem. Mais adiante, importa consolidar boas práticas. Isso passa por alargar as formações a cada vez mais espaços e pessoas e garantir que quem chega de novo tem acesso a estes procedimentos e modos de atuação”, sustentou D. António Augusto Azevedo.
O bispo de Vila Real deixa uma mensagem de “corresponsabilidade”, para que todos “tenham consciência do seu papel e a informação necessária a cada situação, sem gerar alarmismos, mas sempre com o equilíbrio e a gravidade que a situação merece”.
O responsável católico deixa votos de que se possa “gerar uma cultura de cuidado, de segurança e de proximidade, que respeita o outro e o ajuda a crescer bem”.
OC