Propinas! Greves! Manifs!

Universitários de Comunhão e Libertação Estes dias têm sido de grande tensão no meio universitário. Nesta questão da reforma do Ensino Superior, no entanto, não nos sentimos revistos nas posições dos protagonistas que, até agora, se têm evidenciado. Assim, tentando sair da confusão geral que reina, entre opiniões “de café”, queremos propor outra forma de estar diante desta realidade. Temos por assente os seguintes pontos: Era necessária uma mudança legislativa do financiamento do Ensino Superior; Cada estudante, enquanto principal beneficiário do ensino na universidade, deve sentir-se pessoalmente responsabilizado pelo financiamento do ensino; A lei, tal como foi aprovada, prevê que as propinas sejam pagas numa relação entre a instituição de ensino e o estudante, excluindo o Estado desta relação, opção que parece ser de valorizar, pois dá maior espaço à autonomia das universidades, responsabilizando-as, antes de mais, diante dos próprios alunos que as frequentam, pela melhor ou pior utilização dos recursos; Nesta questão, como em tantas outras relativas ao ensino superior, assistimos, antes de mais, a uma instrumentalização ideológica das associações académicas e dos próprios alunos, instrumentalização essa que leva a ver no tempo da universidade não uma possibilidade de crescimento, de responsabilização, de jogar-se da liberdade em propostas reais, mas um tempo de autopromoção e “treino político”, ou simplesmente um passar do tempo, que aniquila o desejo que nos traz à faculdade. Vimos à faculdade com um desejo de aprender, para nos formarmos enquanto pessoas, pelo gosto de saber, enfim, por nós. A faculdade, antes de mais, é para nós. Assim, pensamos que a primeira mudança deve ser de atitude diante daquilo que é dito, arriscando um olhar crítico, sem ser destrutivo, procurando aquilo a partir do qual se pode construir qualquer coisa, propondo um juízo o mais total possível, e não parcial ou ideológico. Universitários de Comunhão e Libertação

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