Promover a diversidade e a igualdade em Setúbal

A Semana Nacional da Caritas que está a decorrer e se prolonga até ao próximo Domingo, dia 24, quer este ano sensibilizar para a diversidade cultural e a necessidade de acolher a diferença. “Acolhe a diversidade, abre portas à igualdade”, num reflexo do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, quer dinamizar a sociedade portuguesa, através de actividades diocesanas e nacionais, para a integração de imigrantes. Apesar do mau tempo que implicou a alteração ou cancelamento de algumas actividades, Maria Madalena Cruz, Vogal da Direcção da Caritas de Setúbal, explica à Agência ECCLESIA que esta organização quis “marcar a presença na diocese”, mostrar o seu trabalho uma vez que é “o braço da Igreja para a acção social”. Está a decorrer o peditório nacional na cidade e está também programada uma vigília de oração sob o tema “Educar o olhar para acolher a diversidade”. Vai decorrer na Baixa da banheira, “uma localidade onde existe uma enorme diversidade étnica”, explica a vogal. Na Praça do Bocage, no centro da cidade de Setúbal, decorre uma mostra de algumas associações sobre o trabalho que desenvolvem. O mau tempo levou ao adiamento desta actividade, que inicialmente estava pensada para o dia 18, e que apenas foi inaugurada no dia 20. Neste espaço estão a participar três associações de diferentes culturas. O Centro Cultural Africano, a Associação de Apoio aos Brasileiros da Península de Setúbal e a AMUCIP, – Associação de mulheres ciganas do concelho do Seixal, para além de um stand da Caritas de Setúbal, onde se pode encontrar informação do trabalho da instituição. “Foram convidados todos os grupos constituídos em associações na diocese de Setúbal, mas muitos, por variadas razões, não puderam participar”, elucida Maria Madalena Cruz, que lamenta que os grupos não “aproveitem esta oportunidade para se dar a conhecer”. Tanto a mostra localizada no centro de Setúbal, como o peditório que decorre são formas de chegar às pessoas, para que a Semana Nacional da Caritas não passe despercebida. Este é um objectivo que implica dois lados: cidadãos comuns mas também as próprias associações. Maria Madalena Cruz reconhece que o ser activo e participativo é um “défice na sociedade portuguesa”, mas a realidade mostra que “muitas associações têm dificuldades de organização”. “Mas a interpelação e a sensibilidade passa muito pelas pessoas”, destaca a vogal, pois é preciso que “as pessoas se deixem tocar também”, manifesta. “Acolher o outro e olhar para a diversidade como uma riqueza e como necessidade para a igualdade, só nos enriquece”, sublinha a vogal da Caritas de Setúbal.

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