«Projeto Cria(c)tividade»: Empreendedores destacam orientação preciosa em tempos difíceis

Lisboa, 01 jul 2015 (Ecclesia) – O coordenador científico do projeto ‘CRIA(C)TIVIDADE – O Franchising Social potenciado pelo Marketing Social’ afirmou que este “correu excelentemente bem” e espera que a Cáritas Portuguesa continue “porque a dinâmica de procura está a ser enorme”.

“Se tivermos que analisar como é que o projeto correu a nível das metas a que nos tínhamos comprometido posso dizer que correu excelentemente bem. Nós quase que dobramos todas as metas”, destacou Carlos Medeiros, esta terça-feira, na Sociedade de Geografia de Lisboa.

À Agência ECCLESIA, o também presidente da empresa parceira do projeto IPI Consulting Network revela que o “mais importante foi a semente” de haver novos empreendedores, novas pessoas que “desempregados têm um futuro”.

“O grande problema do nosso mundo é pão e emprego. E dar só pão e não dar emprego deixa-se a maioria do problema por resolver”, observou o coordenador científico do projeto ‘CRIA(C)TIVIDADE’ que considera que há mais “consciência” que a missão de instituições de solidariedade social, como a Cáritas, “não se reside a uma missão caritativa”.

Na sessão pública de encerramento do projeto e apresentação de resultados disse esperar que não tenha sido o “fim da primeira fase” mas que a Cáritas Portuguesa, “por ela”, continue os caminhos abertos, “dinamize novos rumos, consiga muito mais porque a dinâmica de procura está a ser enorme”.

Neste contexto, Carlos Medeiros espera também que a organização católica consiga o que “foi impossível” nesta fase, que são os “apoios diretos para o financiamento dos empreendedores”.

O coordenador científico do projeto destacou que tornaram “real a esperança que muitos não tinham” que em números revelou-se em mais de 1000 contactos; 192 empreendedores; 24 projetos e 48 empregos; 41 boas práticas e fizeram ainda duas publicações, 11 sessões públicas e têm quatro meios de divulgação como o sítio online e a rede social Facebook.

O compromisso inicial do ‘Cria(c)tividade’ era fazer nascer dez ideias e concretizá-las envolvendo pelo menos 18 pessoas.

Um desses casos é o antigo autarca Pedro Jesus, que aos 34 anos ficou desempregado e a passear por Lisboa percebeu que “tinha a capacidade de desenvolver um projeto turístico”.

“Tentei investigar, pesquisar os canais e acabei por não perceber a quem me devia dirigir e a Cáritas através deste projeto ajuda a balizar as orientações e a definir concretamente o projeto”, observou o empreendedor que também teve a ajuda dos pais e aguarda a “primeira parte” do microcrédito para empresa de passeios pedestres e fluviais ‘A Margem Selvagem’.

Outro exemplo é Sara Malta que está a desenvolver a ‘Malta & Companhia – Design (cooperativo) de produtos de artesanato’ que teve no projeto ‘Cria(c)tividade’ “um grande impulsionador” e ajudou a fazê-la ver que “era possível os outros acreditarem que era possível trabalhar em conjunto de uma forma cooperativa e com a comunidade”.

CB/OC

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