Profissonais da saúde assumem lugar de formação na sociedade

Um tempo forte de reflexão marca a Peregrinação Nacional do Pessoal de Saúde a Fátima, que este ano aconteceu pela 30 ª vez e subordinada ao tema “Ética e Saúde”. O sentido da vida, em discussão na sociedade civil é também uma das grandes preocupações dos profissionais da saúde. A eutanásia, os poderes políticos “porem em questão a consciência dos profissionais”, propondo a alteração do Código Deontológico dos Médicos, limitação do acompanhamento espiritual e religioso através das capelanias hospitalares, quando ao mesmo tempo surgem na Universidade dos Açores dois mestrados – Ética da Vida e Filosofia Contemporânea: Valores e Sociedade, “formação que aponta para a importância da vida”, aponta o Pe. Vítor Feytor Pinto, Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde, à Agência ECCLESIA. Se a discussão está em curso, os profissionais católicos da saúde querem assumir uma posição, “no sentido de enriquecer a vida, promovê-la, respeitando-a e tornando-a fonte de felicidade”. Sobre este caminho reflectiram os participantes na Peregrinação anual ao Santuário de Fátima, mas “considerando que o homem contemporâneo tem a vida ameaçada”, explica, recordando os perigos do trânsito, a vida na cidade, a vida das crianças “motivo de diversas preocupações”, a pobreza. Enquanto profissionais de saúde que intervenção ter, “será que como profissionais a nossa saúde também está bem?”, aponta o também pároco do Campo Grande, em Lisboa. “os cristãos têm o direito de se afirmar e dizer que estão vivos quando os querem silenciar”, aponta como caminho, também indicado pelo Cardeal Tarcisio Bertone. “No universo da saúde, esta atitude é essencial”. Também de oração se reveste o encontro dos profissionais de saúde, pois “não é possível dar sentido à vida sem uma espiritualidade profunda”. As posições que “assumimos na sociedade têm de ser radicadas na oração”. Uma oração que compromete os profissionais a “ser activos no mundo, conhecendo os valores do Evangelho e pondo em prática, independentemente de onde estiver, mesmo na vida política, económica e cultura”, suscita o Pe. Feytor Pinto. O profissional de saúde ganha um destaque “grande no mundo”. Os técnicos católicos têm “responsabilidades acrescidas”, até para “poderem compensar o que pretendem retirar à Igreja”. Advém daqui um compromisso pessoal, “onde cada um se revê a si próprio”, indica, caso contrário “não se vivia um cristianismo comprometedor”. A passagem ao compromisso “é um tema constante das associações de médicos e enfermeiros católicos”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top