O Bispo de Würtzburg (Alemanha), D. Friedhelm Hofmann, afirmou que a arte é um meio que permite aproximar da Igreja as pessoas que não a frequentam. Na sua intervenção durante a 11.ª Congregação Geral do Sínodo dos Bispos, o prelado alemão sublinhou que é urgente explicar a Revelação, que atinge o seu auge em Jesus Cristo, às pessoas que não vão à Igreja, beneficiando do facto de a Palavra de Deus se ter inculturado nas culturas mais diversas, o que se reflectiu na arte. “Na Europa contamos com história cultural cristã impressionante desde há quase dois mil anos. Arquitecturas extraordinárias, obras de arte figurativas, musicais e literárias nasceram da fé e acolheram em si o testemunho da fé”. “Agora é a hora em que é preciso que esta fé fale de novo.” Na Idade Média conhecia-se a «Biblia Pauperum» (a Bíblia dos Pobres), que explicava visualmente parte da história da salvação a quantos não sabiam ler”, referiu D. Hofmann. Neste sentido é hoje necessário “explicar a cultura cristã porque muitas pessoas já não entendem esta língua e não se dedicam directamente à Sagrada Escritura”. A concluir, afirmou que também na cultura contemporânea é necessário procurar os sinais da fé e reconduzi-las ao seu papel de ponte. “Se é verdade que os artistas são os sismógrafos do seu tempo, seria bom tirar partido dessa sensibilidade e envolvê-los na proclamação da Palavra de Deus”. CNA/SNPC