XXX Encontro da Pastoral Social apelou à realização de «um gesto» em relação aos reclusos durante o Jubileu
Fátima, Santarém, 14 set 2016 (Ecclesia) – O diretor da Pastoral Penitenciária em Portugal apelou à realização “de um gesto” de misericórdia durante o Ano Jubilar em curso, reconhecendo que uma amnistia “dá muito trabalho”.
“Gostava que houvesse obras de misericórdias na Igreja” em relação aos reclusos, disse o padre João Gonçalves no XXX Encontro da Pastoral Social, acrescentando que “as cadeias estão cheias de pobres”.
O diretor da Pastoral Penitenciária lembrou que muitas pessoas estão presas “por causa de multas pequenas”.
“O que é que estão a fazer lá?”, interrogou.
Para o padre João Gonçalves, o Ano Jubilar em curso deveria ser assinalado nas cadeias com “um gesto de misericórdia”.
“Uma amnistia é muito complicado porque uma amnistia tem a ver com muitas coisas. Parece que os senhores deputados não estão de acordo”, referiu o diretor da Pastoral Penitenciária.
O padre João Gonçalves disse no XXX Encontro da Pastoral Social que “visitar os presos” é uma obra de misericórdia “esquecida” e não deveria ser “escandaloso” ir ao encontro de quem está numa cadeia.
Em Portugal há 14 mil reclusos que “não podem deixar de ser vistos como pessoas”, afirmou o diretor da Pastoral Penitenciária.
O XXX Encontro da Pastoral Social decorre em Fátima até esta quinta-feira e tem por tema “A Laudato Sí no Ano da Misericórdia”.
Num painel sobre as obras de misericórdia, foram apresentadas, para além da Pastoral Penitenciária, experiências da Cáritas Portuguesa, Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e União das Misericóridas Portuguesas.
PR