Coordenador nacional da Pastoral Penitenciária, padre João Gonçalves, lamenta que a sociedade «nem sempre acolhe bem os presos»
Fátima, Santarém, 27 jan 2012 (Ecclesia) – O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária, padre João Gonçalves, disse, hoje, que a sociedade “não está muito atenta às questões das prisões”e “nem sempre acolhe bem os presos”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o responsável deste setor da pastoral frisou que a sociedade tem de “perceber que tem muito a fazer para que as pessoas que estão na prisão, se sintam parte da comunidade”.
«Uma chave para a prisão» é o tema do VIII encontro nacional de Pastoral Penitenciaria, a decorrer em Fátima, hoje e amanhã, que pretende ser mais uma chave que abra caminhos de esperança e a “abra as portas de um futuro mais otimista”, realçou.
Para o padre João Gonçalves, o assistente religioso no meio prisional deve “ser a imagem do «Bom Pastor» e de um pai que acolhe”.
Como um preso continua a fazer parte da comunidade – “em Portugal não há pena de morte, nem prisão perpétua” – esta tem de se “interessar” por aqueles que estão no meio das grades e “também pela sua família”, pediu.
“Uma pessoa mesmo tendo cometido um crime, não deixou de ser pessoa e de ter a sua dignidade”, alertou o coordenador nacional da Pastoral Penitenciária,
Neste contexto, a comunidade é uma peça essencial para a “recuperação e inserção” das pessoas que estão no meio de “muros altos e grades de ferro”.
Esta iniciativa é promovida pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana através da coordenação nacional da pastoral penitenciária.
Os trabalhos continuam este sábado com uma conferência sobre «Liberdade de Religião e de Culto do Recluso é chave para a Liberdade» por Rogério Alves, antigo bastonário da Ordem dos Advogados, e «O Evangelho é chave para a Liberdade» por D. Joaquim Mendes, membro da referida comissão.
LFS