Coordenador nacional da Pastoral Penitenciária diz que «fariam um trabalho fantástico»
Fátima, 10 fev 2018 (Ecclesia) – O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária disse hoje à Agência ECCLESIA que as associações de empresários católicos podem fazer um “fantástico trabalho” pela reinserção dos reclusos.
“Os empregadores católicos deveriam olhar muito para estas pessoas e fariam um trabalho fantástico na sua reinserção”, afirmou o padre João Gonçalves durante o Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária, que hoje termina em Fátima.
O coordenador da presença da Igreja Católica nas prisões, tanto nas capelanias como nos projetos de voluntariado, referiu que o trabalho nos vários centros acontece na “prevenção, na prisão e na reinserção”.
“A terceira parte tem de ocupar a primeira preocupação, quer no próprio sistema prisional, como nas comunidades e entre nós que estamos lá em nome da Igreja, assistentes religiosos e voluntários”, disse o sacerdote da Diocese de Aveiro.
“A reinserção social é a primeiríssima preocupação”, sublinhou.
O coordenador nacional da Pastoral Penitenciária lembrou que “quanto melhor” for a reinserção social dos reclusos na sociedade, após a pena, mais se está a “prevenir a criminalidade.
“Muitas pessoas que vão para a cadeia são reincidentes pelo facto de terem saído fragilizadas, não serem acolhidas e acompanhadas, na família, na paróquia e no mundo laboral”, sustentou.
“As pessoas fragilizadas permanecem na borda do crime e facilmente podem reincidir. É um trabalho que todos temos de fazer”, disse o padre João Gonçalves.
Decorre em Fátima esta sexta-feira e sábado o XIII Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária sobre o tema “Voluntariado e prisões: constatações e desafios”, no primeiro dia para assistentes espirituais e religiosos e no segundo com colaboradores e voluntários das capelanias.
Durante o encontro foi assinado um protocolo entre a Direção Geral dos Serviços Prisionais e a Cáritas Portuguesa para coordenar o voluntariado em ambiente prisional, tanto o ligado às capelanias como o social, para “ir ao encontro dos problemas concretos” dos reclusos.
“Apoio nas precárias, apoio nas saídas definitivas e nas lojas solidárias para colocar no mercado os trabalhos que os presos fazem nas cadeias” são os primeiros desafios colocados aos voluntários pelo diretor-geral dos Serviços Prisionais, presente Esta manhã no encontro.
JCP/PR